Dólar cai com expectativa de vacinas e campanha de imunização nos EUA; Ibovespa supera 107 mil pontos

Moeda norte-americana chegou a R$ 5,34 após divulgação dos resultados da AstraZeneca; Na sexta-feira, divisa fechou a R$ 5,38, com avanço de 1,3%

  • Por Jovem Pan
  • 23/11/2020 11h32
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Arquivo/Agência Brasil Cédulas de dólar desfocadas Dólar sobe e interrompe sequência de seis semanas seguidas de queda

Novos estudos sobre o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra o novo coronavírus e a expectativa do início de uma campanha de imunização nos Estados Unidos ainda neste ano animam os mercados financeiros nesta segunda-feira, 23. O dólar abriu a semana em queda, e próximo das 11h30, registrava recuo de 0,23%, cotada a R$ 5,373. Na mínima do dia, a moeda chegou a R$ 5,340, enquanto na máxima não ultrapassou os R$ 5,372. Na sexta-feira, 20, a divisa norte-americana fechou em alta de 1,3%, a R$ 5,385, após uma semana marcada por oscilações entre o otimismo do avanço das vacinas e a apreensão com o controle das contas do governo federal. Seguindo o bom humor dos mercados internacionais, a Bolsa de Valores brasileira também opera em alta no primeiro pregão da semana. O Ibovespa, o principal índice da B3, avançava 0,9%, aos 107.045. O índice fechou a última semana com recuo de 0,6%, aos 106.042 pontos.

O mercado reage de forma positiva aos anuncios de avanços na corrida pela descoberta de um imunizante contra a Covid-19 e a expectativa de reabertura das economias. Hoje, foram divulgados resultados que apontam a eficácia de 70% da vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido. O estudo integra a fase 3 da pesquisa e conta com a participação de 20 mil voluntários no Reino Unido e Brasil. Essa vacina é a única que o governo federal comprou até agora e está sendo desenvolvida em parceria pela Fiocruz. Estudos semelhantes divulgadas na semana passada comprovaram a eficácia em diferentes fases de testes das vacinas desenvolvidas pela Pfizer e da farmacêutica SinoVac, em colaboração com o Instituto Butantan. O bom humor dos investidores também é impulsionado pelo anuncio feito pela agência reguladora dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) de que técnicos irão se reunir no dia 10 de dezembro para analisar um pedido da Pfizer para aprovação do seu imunizante. Caso haja liberação, a campanha de vacinação pode ser iniciada no dia seguinte.

Apesar do otimismo com o noticiário internacional, o mercado financeiro acompanha com cautela a movimentação em Brasília para a aprovação das pautas enviadas pelo Ministério da Economia ao Congresso, principalmente os textos que criam gatilhos ao teto de gastos e limitam o risco fiscal. O mercado também acompanha os rumos que o governo federal tomará com o crescimento de internações no país. Na última semana, o ministro Paulo Guedes afirmou que o Planalto combaterá o surgimento de uma segunda onda nos mesmos moldes do feito até então, mas que o governo não espera o repique generalizado da doença.

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