Mercado aumenta a previsão para o PIB e vê inflação a 5,24% em 2021

Em sétima semana seguida de revisão, nova estimativa para o IPCA encosta no teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 5,25%

  • Por Jovem Pan
  • 24/05/2021 11h45
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Adriano Machado/Reuters Homem em frente ao Banco Central Servidores do BC aprovaram paralisação em assembleia nesta segunda-feira

O mercado financeiro renovou para cima a expectativa do desempenho da economia brasileira em 2021 e revisou a previsão da inflação para perto do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC), segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira, 24. Economistas e entidades consultadas pela autoridade monetária nacional estimaram que o Produto Interno Bruto (PIB) feche o ano com avanço de 3,52%. Esta foi a quinta semana seguida que as fontes do BC mostram mais otimismo com a recuperação da economia. Na edição passada, a estimativa era de 3,45%, e 3,09% há um mês. O desempenho acima do esperado dos indicadores no primeiro trimestre levou a revisões do PIB nas últimas semanas, e analistas passam a enxergam a possibilidade da economia brasileira encerrar o ano com alta de até 4,5%, recuperando parte das perdas após o tombo histórico de 4,1% em 2020. O resultado do PIB do primeiro trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1º de junho. A previsão do desempenho para 2022 também foi alterada, mas para baixo. Agora, o mercado estima que o PIB do ano que vem feche com alta de 2,30%, ante 2,38% na semana passada, e 2,34% há um mês.

As fontes do Banco Central também revisaram cima a previsão do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pela sétima semana seguida. A expectativa para a inflação em 2021 passou para alta de 5,24%, ante 5,15% na semana passada, e 5,01% há um mês. O Banco Central persegue a meta inflacionária de 3,75%, com limite máximo de 5,25% e mínimo de 2,25%. O IPCA foi a 6,76% nos 12 meses acumulados em abril, quando registrou alta de 0,31%.  A previsão para a inflação em 2022 também foi renovada para alta de 3,67%. Na semana passada, a previsão era de 3,64%, e há um mês chegava a 3,6%. Para o próximo ano, o centro da meta da autoridade monetária nacional é de 3,5%, com margem de 2% e 5%.

Apesar da nova previsão de avanço do IPCA, as fontes do BC conservaram a expectativa para a Selic, a principal ferramenta para o controle da inflação, em 5,5% ao ano, a mesma estimativa das últimas quatro semanas. O mercado também manteve previsão do dólar para R$ 5,30, a mesma da semana passada. Há um mês, a projeção para o câmbio batia em R$ 5,40. A divisa norte-americana encerrou a semana passada a R$ 5,35, com avanço acumulado de 2,6%. Foi a segunda semana seguida que o dólar fechou com valorização ante o real. Desde o início do ano, a moeda subiu 3,2%. O dólar opera em queda nesta segunda-feira, cotado na casa de R$ 5,32.

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