Padrão de vida dos brasileiros deve ficar estagnado nos próximos 40 anos, afirma OCDE
Grupo de economias desenvolvidas estima que país terá crescimento médio do PIB entre 1% e 2% até 2060
O padrão de vida dos brasileiros deve ficar praticamente estagnado até 2060, afirma uma projeção realizada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de países que busca estimular o progresso econômico e o comércio entre os membros e realiza diversos estudos. A previsão divulgada nesta terça, 19, indica que o PIB brasileiro deve ter crescimento médio de 1,1% na década entre 2020 e 2030 e de 1,4% no período entre 2030 e 2060 – nesses mesmos 30 anos, a população economicamente ativa deve ser reduzida em 0,2%, e o potencial da taxa de ocupação no Brasil também deve cair 0,1%. Esse dado só não é pior que o da Índia (-0,6%) e está muito próximo dos de Argentina e China.
A entidade atribui esses número a uma produtividade baixa da economia brasileira, o que tornaria mais lento o processo de chegar a um padrão de vida como o visto nos Estados Unidos, por exemplo. Outro fator seria o envelhecimento da população, que aumentaria a pressão sobre os orçamentos dos governos. Para lidar com os problemas, a OCDE recomenda aos países a realização de mudanças estruturais no sistema previdenciário e no mercado de trabalho. A reforma da previdência feita no Brasil em 2019, por exemplo, reduziria a ‘generosidade’ dos benefícios ao longo das décadas. “Alguns países introduziram regras de acessibilidade ou outros mecanismos em suas pensões públicas que podem implicar declínios nas taxas médias de benefícios ao longo do tempo”, disse a organização. O Brasil não é membro da OCDE, mas é um dos candidatos a integrá-la.
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