PIB da China cresce 4,9% no 3º trimestre e indica desaceleração da economia
Índice veio abaixo do esperado pelos analistas; produção industrial e construção civil decepcionam
O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou o Departamento Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês). O resultado veio abaixo das expectativas do mercado, que apontavam alta de até 5,2%, e indica o desaceleramento da segunda maior economia do mundo após o avanço de 7,9% no segundo trimestre, em paralelo a abril a junho de 2020. O desempenho foi o menor desde o terceiro trimestre de 2020, quando a economia também avançou 4,9%, na esteira do processo de recuperação da crise gerada pelo novo coronavírus. A alta entre julho e outubro pressiona ainda mais a economia chinesa, já impactada pela crise energética e o risco de colapso da Evergrande, uma das maiores construtoras do país. O cenário internacional, com o avanço da inflação nas principais economias do mundo e a queda de estímulos monetários, também desafia o gigante asiático.
De acordo com o NBS, a produção da indústria chinesa registrou alta de 3,1% no terceiro trimestre, abaixo das expectativas de 5% de analistas. O resultado foi fortemente impactado pelo encarecimento do carvão, refletindo suspensão do trabalho de algumas plantas de produção e na interrupção na distribuição de energia elétrica. O investimento em ativos fixos, um dos principais termômetros da construção civil do país, também veio menor do que o esperado. No trimestre encerrado em outubro, o aporte cresceu 7,3%, ante estimativa de cerca de 7,9%. O resultado aumenta apressão sobre o setor no país após os temores de quebra da Evergrande. Já o consumo no varejo subiu 4,5%, acima das previsões de 3,5%.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.