Por falta de acordo, votação do Orçamento de 2022 é adiada na CMO
‘O relatório foi apresentado na madrugada e não houve tempo suficiente para que todos pudessem apresentar destaques’, disse a senadora Rose de Freitas (MDB-ES), presidente do colegiado
A presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Rose de Freitas (MDB-ES), adiou a votação do relatório final do deputado Hugo Leal (PSD-RJ) ao Orçamento de 2022. “Infelizmente, o relatório foi apresentado na madrugada. O tempo para o conhecimento do relatório não é suficiente para que todos leiam e possam apresentar destaques. Ele será debatido, mas não há tempo suficiente para votar esse relatório hoje”, disse a parlamentar. A reunião deve ser retomada na terça-feira, 21. Além disso, não houve acordo sobre pontos específicos do parecer, entre eles, a previsão de R$ 5,1 bilhões para o Fundo Eleitoral. O valor original era de R$ 2,1 bilhões.
Na última semana, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro para garantir até R$ 5,7 bilhões para o Fundão, em uma votação que contou com o apoio majoritário do Partido Liberal (PL), ao qual o chefe do Executivo federal está filiado, de outras legendas do Centrão, que dão sustentação ao governo federal, e de parte da oposição, como o PT. Como a Jovem Pan mostrou, o relatório do deputado Hugo Leal também prevê que o salário mínimo passará dos R$ 1.110 atuais para R$ 1.210 no ano que vem, além de estipular R$ 16,5 bilhões para as emendas de relator, conhecidas como Orçamento Secreto.
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