Prestação de serviços cresce 1,2% em maio e volta a superar o patamar pré-pandemia

Setor registra alta de 7,3% no ano e recuo de 2,2% no acumulado de 12 meses; apesar do segundo saldo positivo seguido, segmento ainda não recupera as perdas de 3,4% de março

  • Por Jovem Pan
  • 13/07/2021 12h26
SAULO ANGELO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Setor de serviços, que inclui bares, restaurantes e hotéis, foi o mais prejudicado pela reedição das medidas de isolamento social no fim de fevereiro Setor de serviços, que inclui bares, restaurantes e hotéis, é maior responsável pelo mercado de trabalho brasileiro

A prestação de serviços cresceu 1,2% em maio na comparação com abril e voltou a ficar acima do patamar pré-pandemia, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado deixa o setor 0,2% acima do registrado em fevereiro de 2020, último mês antes da disseminação da Covid-19 no país. No ano, o segmento acumula alta de 7,3% e nos últimos 12 meses registra retração de 2,2%. Na comparação com maio de 2020, a prestação de serviços avançou 23%, terceira taxa positiva seguida e a mais intensa da série histórica iniciada em janeiro de 2012. Apesar do segundo mês positivo e acumular alta de 2,5% desde abril, o segmento ainda não recuperou as perdas registradas em março, quando tombou 3,4% por causa da reedição de medidas de isolamento social. “O setor vinha mostrando boa recuperação, mas, em março, com um novo agravamento do número de casos de Covid-19, governadores e prefeitos de diversos locais do país voltaram a adotar medidas mais restritivas, afetando o funcionamento das empresas de serviços. Em abril e maio essas medidas começam a ser relaxadas e o setor volta a crescer”, afirma o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

A pesquisa mostrou resultados positivos em três das cinco áreas abordadas. O destaque foi a alta de 3,7% do segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que representa 32,8 pontos percentuais do resultado final. Segundo Lobo, o bom desempenho foi liderado pelo avanço de 60,7% do transporte aéreo em meio a queda do preço das passagens e o aumento da demanda. O índice de atividades turísticas apontou expansão de 18,2% frente ao mês imediatamente anterior, segunda taxa positiva consecutiva, período em que acumulou um ganho de 23,3%. “Esse avanço recente recupera boa parte da queda de 26,5% observada em março, que foi um mês com maior número de limitações ao funcionamento de determinados estabelecimentos. Contudo, o segmento de turismo ainda necessita crescer 53,1% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado”, diz Lobo.

Os serviços prestados às famílias cresceram 17,9%, a maior alta dentre todas as atividades, embora tenham menor peso no índice. “A atividade de serviços prestados às famílias, no entanto, continua muito distante do patamar pré-pandemia: 29,1% abaixo. A de serviços profissionais, administrativos e complementares, que teve alta de 1,0% em maio, também não se recuperou ainda, estando 2,7% abaixo do nível em que se encontrava em fevereiro de 2020”, afirma o pesquisador. Na outra ponta, informação e comunicação registrou retração de 1%, enquanto outros serviços recuaram 0,2%. As quedas, porém, não eliminam os avanços de 4,7% e 6,4%, respectivamente, registrados no mês de abril.

 

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