Prestação de serviços sobe 2,4% em novembro após dois meses de queda

Setor elimina perdas de setembro e outubro e fica 4,5% acima do nível pré-pandemia; em 12 meses, segmento avança 9,5%

  • Por Jovem Pan
  • 13/01/2022 11h59
SAULO ANGELO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Setor de serviços, que inclui bares, restaurantes e hotéis, foi o mais prejudicado pela reedição das medidas de isolamento social no fim de fevereiro Setor de serviços, que inclui bares, restaurantes e hotéis, é maior responsável pelo mercado de trabalho brasileiro

Após dois meses de retração, a prestação de serviços avançou 2,4% em novembro, recuperando a perda acumulada de 2,2% em setembro e outubro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o setor, o mais importante para a economia doméstica e que abriga a maior parte do mercado de trabalho, ficou 4,5% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o segmento teve avanço de 10%, a nona taxa positiva seguida.

No acumulado entre janeiro e novembro de 2021, a prestação de serviços cresceu 10,9%, enquanto em 12 meses houve expansão de 9,5%, a taxa mais intensa da série histórica iniciada em 2012. “Esta recuperação do mês de novembro coloca o setor no maior patamar dos últimos seis anos, igualando-se ao nível de dezembro de 2015. Das últimas 18 informações divulgadas, na comparação mês contra mês anterior, 15 foram positivas e 3 foram negativas”, afirma o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. O setor não registrou avanço apenas em março, com a expansão da segunda onda da Covid-19, e em setembro e outubro, devido ao aumento dos preços em telecomunicações e passagens aéreas.

Quatro das cinco atividades pesquisadas registraram alta em novembro. Os serviços de informação e comunicação aumentaram 5,4%, recuperando a perda de 2,9% acumulada nos dois meses anteriores. O setor de tecnologia da informação cresceu 10,7%, maior taxa desde janeiro de 2018 (11,8%), ficando 47,4% acima do patamar pré-pandemia. A atividade de transportes avançou 1,8% e praticamente recuperou a perda de 1,9% observada entre setembro e outubro. Com isso, a atividade está operando em um patamar 7,2% acima de fevereiro de 2020.

Os serviços prestados às famílias, que englobam bares, restaurantes e outras atividades que mais sofreram com as medidas de restrição, registraram alta de 2,8% em novembro. Com esta taxa, o segmento acumula crescimento de 60,4% em oito meses, mas ainda está 11,8% abaixo do nível pré-pandemia. Já os outros serviços avançaram2,9% em novembro, recuperando apenas uma pequena parte da queda e 12,6% entre setembro e outubro. Na ponta negativa, os serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram queda de 0,3%, a quarta seguida, acumulando perda de 3,7%.

O índice de atividades turísticas cresceu 4,2% frente a outubro, a sétima taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 57,5%. Contudo, o segmento de turismo ainda se encontra 16,2% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado. “Esse índice de atividades turísticas tem um perfil muito semelhante ao perfil dos serviços prestados às famílias, pois muitas das atividades que compõem o indicador vêm desse segmento”, afirma Lobo.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.