Prévia do PIB desacelera em outubro e regista alta de 0,86%

Dados do IBC-Br divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira apontam queda de 3,93% no acumulado de 12 meses

  • Por Jovem Pan
  • 14/12/2020 12h27
Amanda Perobelli/Reuters Brasil registra superávit comercial em meio à reabertura dos mercados internacionais Brasil registra superávit comercial em meio à reabertura dos mercados internacionais

Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) cresceu 0,86% em outubro, na comparação com setembro na série livre de influências sazonais, divulgou a autoridade monetária nacional nesta segunda-feira, 14. O resultado representa a 6ª alta seguida do indicativo, que é considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), mas aponta a desaceleração da atividade econômica em comparação aos meses anteriores. Em setembro, o IBC-Br avançou 1,29%, enquanto em agosto teve crescimento de 1,06%. Na comparação com outubro de 2019, o indicativo registra queda de 2,61%, e nos últimos 12 meses, de 3,93%. No trimestre encerrado em outubro, o índice avançou 6,46%, também na série dessazonalizada. No paralelo entre agosto e outubro de 2019, a queda é de 2,65%. Desde janeiro, o índice acumula queda de 4,92%. Influenciado pela recessão causada pela pandemia do novo coronavírus, o IBC-Br registrou queda de 5,09% em março, seguida pela retração de 9,73% em abril. A reação iniciou em maio, com alta de 1,31%, pico de 4,89% em junho e crescimento de 2,15% em julho.

O IBC-Br é visto pelos analistas como um antecedente do PIB, mesmo que a metodologia usada pelo Banco Central seja diferente da empregada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela divulgação da atividade econômica nacional a cada três meses. Enquanto a análise do BC leva em consideração variáveis dos setores de serviço, indústria e agronegócio, o resultado do IBGE é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.  A economia brasileira cresceu 7,7% no terceiro trimestre de 2020, após registrar dois períodos seguidos de retração. O avanço entre julho e setembro veio abaixo do projetado pelos analistas e técnicos do governo. O Banco Central estimava alta de 9,4%, enquanto o governo federal previa crescimento de 8,3%. Na comparação com o mesmo trimestre de 2019, o PIB recuou 3,9%. Apesar do aumento, a economia brasileira ainda acumula retração de 5% em 2020.

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