‘Prévia do PIB’ sobe 1,06% em agosto e engata 4ª alta consecutiva

Indicador divulgado pelo Banco Central aponta avanço de 5,94% da economia brasileira no trimestre

  • Por Gabriel Bosa
  • 15/10/2020 09h23 - Atualizado em 15/10/2020 10h52
Diego Baravelli/Ministério da Infraestrutura Containers empilhados em porto Alto volume de exportações do agronegócio impulsionou resultado positivo da balança comercial

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) cresceu 1,06% em agosto, na comparação com julho na série livre de influências sazonais, divulgou a autoridade monetária nacional nesta quinta-feira, 15. O resultado representa a 4ª alta consecutiva do indicativo, que é considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Na comparação com agosto de 2019, o IBC-Br registra queda de 3,92%, e nos últimos 12 meses, de 3,09%. No trimestre encerrado em agosto, o índice avançou 5,94%, também na série dessazonalizada. Desde janeiro, o índice acumula queda de 5,44%. O avanço indica a retomada do crescimento da atividade econômica brasileira, após quedas históricas registradas em março e abril por causa pela pandemia do novo coronavírus.

O IBC-Br é visto pelos analistas como um antecedente do PIB, mesmo que a metodologia usada pelo Banco Central seja diferente da empregada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela divulgação da atividade econômica nacional a cada três meses. Enquanto a análise do BC leva em consideração variáveis dos setores de serviço, indústria e agronegócio, o resultado do IBGE é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O Produto Interno Bruto brasileiro recuou 9,7% no segundo trimestre deste ano, em comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados no início de setembro. Foi a segunda retração seguida das atividades econômicas, colocando o país em recessão técnica pela primeira vez desde o último semestre de 2016. No primeiro trimestre deste ano, o PIB teve retração de 2,5%. O governo federal prevê queda de 4,7% do PIB neste ano, e avanço de 3,2% em 2021. A expectativa é mais otimista que a esperado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que espera retração de 5,8% da economia brasileira em 2020, ante recuperação de 2,8% no ano que vem. Economistas consultados pelo Banco Central estimam que o PIB recue 5,03% em 2020, e reaja com avanço de 3,5% no próximo ano, segundo boletim Focus publicado nesta terça-feira, 13.

 

 

 

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