Prévia do PIB surpreende e registra avanço de 0,6% em julho
Índice de Atividade Econômica do Banco Central cresce pelo segundo mês seguido após a flexibilização das medidas de isolamento social
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,6% em julho, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 15. O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava alta de 0,35%, e representa o segundo mês seguido de avanço. Em junho, índice registrou alta de 1,14%. Na relação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 5,53%. No acumulado do ano, o IBC-Br apresentou crescimento de 6,8%, enquanto nos últimos 12 meses, o indicador soma avanço de 3,26%. O IBC-Br acumulou queda de 0,2% no trimestre encerrado em maio. Em paralelo ao mesmo período de 2020, no entanto, o índice avançou 9,44%. A alta do indicador do Banco Central ocorre em meio à flexibilização das medidas de isolamento social. O reflexo do relaxamento das regras impostas para tentar barrar o avanço da pandemia do novo coronavírus também foi captado com o avanço de 1,1% da prestação de serviços no mês de julho, segundo dados divulgados nesta terça-feria, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado — o melhor patamar em cinco anos — foi puxado pelos serviços prestados à família, um dos mais impactos pelas restrições de mobilidade.
O IBC-Br é visto pelos analistas como um antecedente do PIB, mesmo que a metodologia usada pelo Banco Central difira da empregada pelo IBGE, responsável pela divulgação da atividade econômica nacional a cada três meses. O PIB registrou queda de 0,1% no segundo trimestre, na comparação com os três meses anteriores, quando o crescimento foi de 1,2%. Enquanto a análise do BC leva em consideração variáveis dos setores de serviço, indústria e agronegócio, o resultado do IBGE é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A economia brasileira teve queda histórica de 4,1% em 2020, influenciada principalmente pela pandemia da Covid-19 e a retração da economia mundial por conta das restrições na circulação de produtos e pessoas. A alta da inflação, o desemprego elevado e a crise hídrica levaram analistas a recuarem nas projeções de crescimento da economia neste ano e em 2022. Dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira, 13, mostram que a expectativa para o PIB de 2021 ano recuou de 5,15% para 5,04%. Para o ano que vem, as estimativas retraíram de 1,93% para 1,72%.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.