Prévia do PIB surpreende e registra avanço de 0,6% em julho

Índice de Atividade Econômica do Banco Central cresce pelo segundo mês seguido após a flexibilização das medidas de isolamento social

  • Por Jovem Pan
  • 15/09/2021 13h11
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Pixabay/Creative Commons Cédulas de real dispostas sobre superfície branca Teto de gastos com possibilidade de aumento real da expansão de gasto público foi apresentado pelo Tesouro Nacional

Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,6% em julho, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 15. O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava alta de 0,35%, e representa o segundo mês seguido de avanço. Em junho, índice registrou alta de 1,14%. Na relação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 5,53%. No acumulado do ano, o IBC-Br apresentou crescimento de 6,8%, enquanto nos últimos 12 meses, o indicador soma avanço de 3,26%. O IBC-Br acumulou queda de 0,2% no trimestre encerrado em maio. Em paralelo ao mesmo período de 2020, no entanto, o índice avançou 9,44%. A alta do indicador do Banco Central ocorre em meio à flexibilização das medidas de isolamento social. O reflexo do relaxamento das regras impostas para tentar barrar o avanço da pandemia do novo coronavírus também foi captado com o avanço de 1,1% da prestação de serviços no mês de julho, segundo dados divulgados nesta terça-feria, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado — o melhor patamar em cinco anos — foi puxado pelos serviços prestados à família, um dos mais impactos pelas restrições de mobilidade.

O IBC-Br é visto pelos analistas como um antecedente do PIB, mesmo que a metodologia usada pelo Banco Central difira da empregada pelo IBGE, responsável pela divulgação da atividade econômica nacional a cada três meses. O PIB registrou queda de 0,1% no segundo trimestre, na comparação com os três meses anteriores, quando o crescimento foi de 1,2%. Enquanto a análise do BC leva em consideração variáveis dos setores de serviço, indústria e agronegócio, o resultado do IBGE é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A economia brasileira teve queda histórica de 4,1% em 2020, influenciada principalmente pela pandemia da Covid-19 e a retração da economia mundial por conta das restrições na circulação de produtos e pessoas. A alta da inflação, o desemprego elevado e a crise hídrica levaram analistas a recuarem nas projeções de crescimento da economia neste ano e em 2022. Dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira, 13, mostram que a expectativa para o PIB de 2021 ano recuou de 5,15% para 5,04%. Para o ano que vem, as estimativas retraíram de 1,93% para 1,72%.

 

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