Egito demitirá professores universitários que apoiarem “atos de violência”

  • Por Agencia EFE
  • 16/01/2015 11h28
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Cairo, 16 jan (EFE).- O presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, baixou nesta sexta-feira um decreto que pune com demissão qualquer funcionário ou professor que apoiar ou participar de “atos de violência” dentro dos campus universitários.

O decreto, divulgado pela agência oficial “Mena”, ratifica uma emenda da lei que vigora nas universidades egípcias, e que foi aprovada em novembro 2014 pelo governo egípcio para sufocar os protestos islamitas nas instituições de ensino.

A emenda determina também a expulsão de qualquer funcionário ou professor que exercer atividades políticas no campus de alguma universidade do país, uma medida muito criticada pelas ONGs. Além disso, proíbe “a entrada de qualquer tipo de arma, fogos de artifício ou material inflamável nas universidades”.

As pessoas que realizarem estes atos serão encaminhados ao conselho disciplinar da universidade, encarregado de fazer as investigações pertinentes e de suspender os envolvidos do exercício de suas funções.

Desde a queda de Mohammed Mursi em 3 de julho de 2013, pelo Exército, muitas das universidades do Egito foram palco de diversos protestos de estudantes islamitas contra as novas autoridades. A polícia reprimiu as manifestações e deteve dezenas de estudantes, alguns condenados a penas de prisão.

Em 28 de dezembro, a universidade egípcia de Al Azhar expulsou pelo menos 54 estudantes acusados de infringir a regulação interna por participar de protestos islamitas contra as autoridades. EFE

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