Estado se responsabilizará por filhos das 13 indianas mortas em esterilização

  • Por Agencia EFE
  • 18/11/2014 12h59

Nova Délhi, 18 nov (EFE).- O estado de Chattisgarh, no centro da Índia, adotará os 38 filhos das 13 mulheres que morreram após se submeterem à esterilização que fazia parte de uma campanha pública, informou à Agência Efe nesta terça-feira o porta-voz do executivo regional.

“O governo do estado decidiu que terão a melhor educação e serão atendidos nos melhores hospitais quando necessitarem”, até complaterem 18 anos, totalmente a cargo do orçamento estadual disse o porta-voz do executivo regional, Rajat Kumar.

Este atendimento será dado em hospitais de Bilaspur, o distrito no qual 13 mulheres morreram depois de passarem por um procedimento de esterilização, um caso que está sendo investigado.

A comissão que realiza a investigação “segue seu curso e não aconteceram novas mortes”, assegurou o porta-voz.

As autoridades sanitárias indianas investigam se remédios contaminados com veneno para ratos podem ter sido a causa das 13 mortes e da hospitalização de outras 70 mulheres após se submeterem a cirurgias de esterilização.

Um total de 109 mulheres se submeteu à ligadura de trompas em dois acampamentos de Bilaspur, como parte das frequentes campanhas de planejamento familiar voluntárias e remuneradas que o país asiático realiza regularmente em zonas mais pobres para conter o crescimento demográfico.

O médico R. K. Gupta, que está detido, realizou 83 cirurgias em um só dia, apesar do limite diário imposto pelo governo de 30 procedimentos.

A Índia é o segundo país mais povoado do mundo, com 1,25 bilhão de habitantes, e a ONU estima que em 2028 superará à China e tomará o primeiro lugar nesse quesito. EFE

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