EUA aplaudem libertação de presos políticos em Cuba
Washington, 9 jan (EFE).- O governo dos Estados Unidos aplaudiu nesta sexta-feira a “substancial” libertação de presos políticos em Cuba que está sendo realizada pelo Executivo da ilha em meio ao degelo das relações entre ambos os países.
“Os Estados Unidos dão as boas-vindas à libertação substancial de prisioneiros que está em andamento em Cuba. É bom ver as pessoas se reunirem com suas famílias”, disse o assessor da Casa Blanca Ben Rhodes em sua conta no Twitter.
Pelo menos 38 presos políticos foram libertados na ilha desde quarta-feira passada, segundo informaram hoje fontes da dissidência interna. O governo cubano não se pronunciou ainda sobre o processo de libertação.
Os dissidentes atribuem as libertações à lista de 53 presos políticos que, segundo Washington, o governo de Cuba se comprometeu a soltar como parte do acordo de restabelecimento de relações com os Estados Unidos anunciado em 17 de dezembro.
A relação dos presos que serão indultados não é conhecida. No final de janeiro, a secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson, viajará para Cuba à frente de uma delegação de funcionários americanos para a próxima rodada de diálogo migratório.
Essa será a primeira missão de alto nível dos EUA à ilha desde a ruptura de relações, em 1961.
O presidente dos EUA, Barack Obama, buscava uma aproximação com Cuba desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2009 e, de fato, em abril deste ano anunciou a eliminação de algumas restrições de viagens e de envio de remessas à ilha.
Mas a detenção, em dezembro de 2009, em Havana, do funcionário terceirizado do governo americano Alan Gross e sua posterior condenação por atividades subversivas, algo que Washington sempre considerou injusto, transformou-se em um “grande obstáculo” para o objetivo de avançar rumo a uma normalização da relação.
A libertação de Gross foi um dos primeiros passos dados por Cuba para avançar na aproximação entre os dois países, que incluiu, em primeira instância, a entrega de três espiões cubanos do Grupo dos Cinco que ainda estavam presos nos EUA. EFE
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