EUA dizem que relação com Ucrânia é estratégica e reitera apoio ao governo

  • Por Agencia EFE
  • 25/03/2014 11h23
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Haia, 25 mar (EFE).- Os Estados Unidos reafirmaram nesta terça-feira seu apoio ao novo governo de Kiev, incluindo a Crimeia, e classificaram sua relação com a Ucrânia de “associação estratégica”, segundo uma declaração conjunta emitida hoje por ambos os países em paralelo à III Cúpula Sobre Segurança Nuclear de Haia.

Denunciaram também que “as ações da Rússia (com a anexação da Crimeia a seu território) fragilizam as bases do esquema de segurança e põem em risco a paz e a segurança europeias”, assinala a declaração.

Os Estados Unidos e a Ucrânia participam dessa cúpula que se encerra hoje em Haia após dois dias de reuniões e na qual ambos os países sublinharam “o importante papel da não-proliferação nuclear em nossa relação”.

A Casa Branca, em comunicado conjunto, avaliou essa relação e enfatizou a decisão da Ucrânia em Budapeste, em 1994, de eliminar todas as armas nucleares de seu território e somar-se ao Tratado de Não Proliferação de armamento nuclear (TNP) como um estado livre desse tipo de arsenal.

No Memorando de Budapeste, Estados Unidos, Rússia e Reino Unido deram as boas-vindas a essa decisão que reafirmava o compromisso ucraniano de respeitar a independência, soberania e suas fronteiras.

“O governo dos Estados Unidos reafirma hoje esse compromisso com o novo governo e o povo ucraniano, incluindo a Crimeia”, diz a declaração conjunta, na qual se reitera a denúncia de que Washington “condena o fracasso da Rússia para respeitar seus compromissos sob o Memorando de Budapeste com suas ações unilaterais na Ucrânia”.

Ambos os parceiros reiteram que “não reconhecerão a tentativa russa ilegal de anexar a Crimeia, que é uma parte integral da Ucrânia”.

“Os Estados Unidos continuarão ajudando a Ucrânia a afirmar sua soberania e integridade territorial”, assinalou a Casa Branca.

A incorporação da região autônoma ucraniana da Crimeia à Federação Russa e o aumento das tensões que isso causou na região e nas relações com os outros países levou as potências do G7 (EUA, França, Reino Unido, Itália, Alemanha, Canadá e Japão) a anularem a cúpula com a Rússia no formato G8 prevista para 4 e 5 de junho em Sochi.

Os EUA avaliaram também a importância de a Ucrânia ter eliminado em 2012 os materiais de urânio altamente enriquecido que tinham e assinalaram que Washington ajudará Kiev na construção de novas instalações no Instituto Kharkov de Física e Tecnologia, com capacidade para produzir isótopos industriais e médicos de uso civil. EFE

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