EUA pedem a iraquianos que estacionem suas diferenças para derrotar EI

  • Por Agencia EFE
  • 23/08/2014 02h27

Washington, 22 ago (EFE).- O vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, pediu nesta sexta-feira aos iraquianos que estacionem suas diferenças e se unam “ao esforço comum” de derrotar os jihadistas do Estado Islâmico (EI) em um editorial publicado no “Washington Post”.

Intitulado “Os iraquianos devem superar suas diferenças para derrotar os terroristas”, o texto de Biden enfatiza que sem unidade interna no Iraque “nenhuma intervenção estrangeira funcionará e nenhuma durará para sempre”.

“Mesmo que não existisse o EI, a sobrevivência do Iraque continuaria dependendo da habilidade dos iraquianos para estacionar suas diferenças e se unirem”, diz o editorial.

Para Biden, um exemplo do espírito de cooperação necessário foi o vivido esta semana no norte do Iraque, onde as forças iraquianas e curdas trabalharam juntas para recuperar a represa de Mossul.

“Foi a primeira operação conjunta desse tipo e é um modelo no qual é preciso avançar”, considerou o vice-presidente.

Os EUA condenaram na quinta-feira o atentado em uma mesquita do Iraque, com dezenas de mortos.

Este ataque, liderado por um grupo xiita contra uma mesquita da cidade de Bin Wais, na província de Diyala, deixou cerca de 70 mortos entre os fiéis sunitas, segundo grupos sunitas e testemunhas, embora o governo tenha falado em cerca de 30 mortos.

“O atentado ressalta a necessidade de os líderes iraquianos de dar os passos necessários para ajudar a unificar o país contra todo tipo de violência extremista”, disse nesta sexta-feira a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf.

O secretário de Estado, John Kerry, conversou por telefone com o ministro de exteriores iraquiano, Hoshyar Zebari, e lhe ofereceu suas condolências pelo incontável número de iraquianos, religiosos e grupos étnicos que foram vítimas dos “bárbaros” ataques do EI.

O Iraque é palco de um conflito armado, com tinturas sectárias, desde junho passado, quando insurgentes sunitas liderados pelo grupo jihadista Estado Islâmico lançaram uma ofensiva na metade norte do país. EFE

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