EUA pedem que Israel e Hamas respeitem “plenamente” o cessar-fogo
Washington, 31 jul (EFE).- Os Estados Unidos pediram tanto a Israel como ao movimento palestino islamita Hamas que respeitem as condições do cessar-fogo humanitário estipulado nesta quinta-feira por 72 horas e que “atuem com contenção” até o início da cessação de hostilidades, às 8h da manhã de sexta-feira de Gaza.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, também solicitou em comunicado que as partes iniciem “imediatamente” negociações no Cairo (Egito) para uma cessação permanente das hostilidades.
“Os Estados Unidos apoiam fortemente o cessar-fogo humanitário anunciado esta noite em Gaza. Urgimos às partes a atuar com contenção até que comece o cessar-fogo e que se atenham plenamente a seus compromissos”, acrescenta o comunicado.
Até agora 1.428 pessoas morreram em Gaza, e outras oito mil ficaram feridas nos 24 dias da operação militar israelense sobre a Faixa, enquanto as baixas em Tel Aviv não chegam a 100, e em sua maioria são militares.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou hoje em Nova Délhi, na Índia, que Israel e a milícia islamita do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, decidiram “cessar todas as atividades militares ofensivas e nenhum avançará além de suas posições atuais”.
“Israel poderá continuar suas operações defensivas naqueles túneis que estejam atrás de suas linhas e os palestinos poderão receber alimentos, remédios e ajuda humanitária, assim como atender a seus feridos, enterrar seus mortos, ir de zonas seguras a suas casas e aproveitar a ausência de violência durante 72 horas”, detalhou Kerry.
Além disso, Kerry e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciaram hoje em comunicado que delegados palestinos e israelenses estão se dirigindo de maneira imediata ao Cairo para negociar com o governo do Egito, que sob seu convite, atuará como mediador para conseguir uma cessação das hostilidades.
“Os Estados Unidos estão prontos para apoiar uma bem-sucedida conclusão destas negociações, trabalhando com Israel, a Autoridade Palestina, Egito, Nações Unidas e outros aliados na região”, afirmou Earnest a respeito. EFE
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