Evo Morales é derrotado em referendo e não poderá concorrer a novo mandato

  • Por EFE e AE
  • 24/02/2016 09h25
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EFE/JORGE ABREGO Evo Morales deposita seu voto em município de Chapare

Eleitores bolivianos levaram Evo Morales à sua primeira derrota eleitoral desde que se tornou presidente, em 2006, ao rejeitarem, por estreita margem, uma reforma constitucional que permitiria que ele disputasse um quarto mandato em 2019.

Após o anúncio oficial na noite desta terça-feira, as ruas da cidade de Santa Cruz de la Sierra, onde a oposição a Morales é intensa, foram tomadas por eleitores que comemoraram o resultado do referendo realizado no domingo. Na capital La Paz também houve celebrações.

Com 99,5% das urnas apuradas, o “não” à possibilidade de Morales concorrer a novo mandato tinha 51% dos votos, contra 49% do sim. A diferença, de 150 mil votos, não poderá mais ser revertida com a apuração do restante dos votos.

O resultado coincide com duas pesquisas de boca de urna divulgadas logo após o fechamento das seções eleitorais.

Até o referendo de domingo, Morales havia vencido todas as disputas eleitorais nacionais, incluindo um referendo para mudar a Constituição do país em 2009, por uma margem média de 61,5% dos votos.

Morales e seu vice-presidente, Álvaro García Linera, pediram apoio à proposta com a intenção de concorrerem outra vez no pleito de 2019 para buscar um quarto mandato consecutivo até 2025.

Ambos governam a Bolívia desde 22 de janeiro de 2006, assumiram seu segundo mandato em 2010 e o terceiro em 2015.

A dupla presidencial pôde se apresentar ao pleito de 2014 graças a uma decisão do Tribunal Constitucional que aprovou que seu primeiro mandato (2006-2010) não conta porque o país foi refundado como Estado Plurinacional em 2009.

Morales, cujo terceiro mandato será concluído em janeiro de 2020, antecipou há poucos dias que se o “Não” vencesse, seu partido, o Movimento Ao Socialismo (MAS), concorreria no pleito de 2019 com outros candidatos. EFE

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