Ex-mulher de Nisman diz que promotor argentino foi “vítima de homicídio”

  • Por Agencia EFE
  • 05/03/2015 15h51

Buenos Aires, 5 mar (EFE).- A ex-mulher do falecido Alberto Nisman, a juíza Sandra Arroyo Salgado, querelante na causa que investiga a morte do promotor que denunciou a presidente argentina, afirmou nesta quinta-feira que seu ex-marido foi “vítima de homicídio sem lugar a dúvidas”.

“Alberto Nisman não se suicidou. Alberto Nisman foi morto”, disse a juíza, em entrevista coletiva na qual apresentou as conclusões do relatório elaborado por seus próprios peritos sobre o promotor que foi achado morto em 18 de janeiro com um tiro na cabeça, em circunstâncias ainda não esclarecidas.

A magistrada disse que, com base na análise das provas colhidas no apartamento de Nisman, foram descartadas as hipótese de um acidente ou de um suicídio.

Para Sandra, que junto às duas filhas que teve com o promotor e à mãe do mesmo integra a denúncia neste caso, a morte de Nisman constituiu um “fato de magnitude criminosa”.

Nisman, que investigava o atentado de 1994 contra uma associação judia, foi encontrado morto quatro dias após denunciar a presidente argentina, Cristina Kirchner, pelo suposto encobrimento dos iranianos acusados pelo ataque.

Sandra sustentou que “a morte violenta” de Nisman ocorreu em um “contexto político e judicial” que “marcou totalmente a institucionalidade da República, além de pôr em xeque o papel do Estado nacional frente à comunidade internacional em matéria de terrorismo”.

Segundo a juíza, Nisman não morreu de forma instantânea mas agonizou, seu corpo não apresentava espasmo cadavérico -contra o que afirmou a promotora do caso-, foi movido de sua posição original e não havia presença de álcool em sangue. EFE

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