Exército americano afirma que autor de ataque em Fort Hood não era violento

  • Por Agencia EFE
  • 03/04/2014 13h04
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Secretário de Defesa do Exército norte-americano fala sobre autor do ataque que deixou quatro mortos e dezesseis feridos em forte militar no Texas

EFE/JIM LO SCALZO John McHugh

Washington, 3 abr (EFE).- O secretário do exército americano, John McHugh, disse nesta quinta-feira que Ivan López, o porto-riquenho autor do ataque armado de ontem em Fort Hood (Texas), não tinha tendências suicidas ou violentas, apesar de estar sob observação psiquiátrica.

“Ele foi analisado no mês passado por um psiquiatra. Foi examinado a fundo e, até o momento, não temos indícios no histórico das entrevistas de que houvesse sinais de violência, tanto contra ele como contra outros. O plano que se considerou apropriado era seguir vigiando-o e tratando-o”, disse McHugh em uma audiência no Senado.

O general Ray Odierno, chefe militar da infantaria, afirmou hoje que o autor do tiroteio que deixou três mortos na base de Fort Hood, além de ele mesmo, era um militar “muito experiente” que não entrou em combate no Iraque e não sofreu danos cerebrais, e que estava na ativa.

Odierno detalhou que López, que se suicidou após o tiroteio, havia passado nove anos na Guarda Nacional de Porto Rico, trabalhou como membro da força de paz na Península do Sinai (Egito) durante um ano e foi motorista de caminhão para os americanos durante quatro meses no Iraque.

“Era um soldado muito experiente com um ano no Sinai com a Guarda Nacional e quatro meses no Iraque”, lembrou Odierno na audiência do Comitê das Forças Armadas do Senado.

López vivia fora da base de Fort Hood, uma das maiores dos Estados Unidos e palco em novembro de 2009 do pior massacre em um centro militar americano, quando Nidal Malik Hassan, um psiquiatra do exército com ideias extremistas islamitas, matou 13 pessoas e feriu 30.

McHugh explicou que, no caso de López, que realizou o ataque com uma pistola de calibre 45, não foi determinada até o momento nenhuma conexão “com organizações extremistas de qualquer tipo”.

No entanto, o Pentágono mantém aberta a possibilidade do terrorismo extremista até que a investigação sobre as motivações avance.

“Até o momento, temos um histórico limpo em termos de comportamento, não há registros negativos de nenhum tipo nem indicações de má conduta”, explicou McHugh. EFE

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