Exército tailandês mantém retidos alguns membros do partido governamental

  • Por Agencia EFE
  • 23/05/2014 07h16

Bangcoc, 23 mai (EFE).- O Exército da Tailândia continua nesta sexta-feira mantendo sob custódia pelo menos dois membros do partido governamental Puea Thai, detidos há quase 24 horas depois que os militares suspenderam uma reunião entre as facções políticas que negociavam uma saída para a crise.

Segundo o jornal “The Nation”, o secretário-geral desse partido, Phutham Wechayachai, e seu porta-voz, Prompong Nopparit, continuam sob a custódia dos militares que, por outro lado, libertaram durante a manhã outros representantes do partido, incluídos membros do governo deposto.

Estes são o ministro da Justiça, Chaikasem Nitisiri, o do gabinete do primeiro-ministro, Varathep Ratanakorn, o dos Transportes, Chadchart Sittipunt, e os vice-ministros de Educação, Sermsak Pongpanit, e Finanças, Tanusak Lekuthai.

Também saíram do quartel do primeiro regimento de Infantaria outro dos dirigentes do Puea Thai, Viroj Pao-in, e dois funcionários de cargos do escalão inferior do partido.

Os cinco representantes do Partido Democrata, de oposição, que estavam na reunião, incluído o ex-primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva, foram libertados horas antes, ao redor da meia-noite local, segundo o “The Nation”.

Ainda se desconhece a situação dos outros participantes do encontro que foram detidos, entre eles os líderes das manifestações, tanto pró-governo como contra o governo.

O chefe do Exército, Prayuth Chon-Ocha, que hoje se autoproclamou primeiro-ministro, assumiu todo o poder ontem após considerar que as tentativas de um acordo entre o Executivo interino e os manifestantes antigovernamentais fracassaram.

A Junta militar intimou, durante o dia, que mais de 100 pessoas comparecessem a uma base militar, entre elas a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra, destituída há duas semanas pela Justiça do país, e seu substituto, Niwatthamrong Bonsongpaisan.

Os dois já se apresentaram aos militares, mas ainda não se sabe se permanecem sob custódia.

A Junta proibiu a saída do país de 155 pessoas, entre elas vários políticos e ativistas. EFE

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