Febre das figurinhas da Copa contagia país inteiro, e até Dilma entra na onda

  • Por Agencia EFE
  • 17/05/2014 19h34
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Rio de Janeiro, 17 mai (EFE).- A febre criada com as figurinhas do álbum oficial da Copa do Mundo tomou o país inteiro e, a menos de 30 dias da partida de abertura, invadiu as redes sociais, os espaços públicos e chegou a contagiar até a presidente Dilma Rousseff.

Na última quinta-feira, durante um jantar com jornalistas esportivos, Dilma confessou que, “assim como todo mundo”, se entregou à paixão de colecionar as fotos dos jogadores das 32 seleções e, inclusive, já teria completado seu álbum, ou seja, todas as 640 figurinhas.

Ao contrário da presidente, milhares de pessoas – de crianças a idosos – ainda estão em busca das figurinhas e não medem esforços para isso. Neste aspecto, os pontos de encontro de troca de figurinha se espalham pelas cidades do país.

Para facilitar a vida dos colecionadores, muitos brasileiros também recorrem à tecnologia, seja com aplicativos ou com páginas em redes sociais, para se conectar aos outros donos de álbum.

Neste sábado, por exemplo, a página do Facebook do aplicativo Vibe continha 245 encontros de troca de figurinha convocados recentemente em quase todas as cidades do Brasil.

Com um “bolinho” de figurinhas repetidas e uma lista das que faltam em uma folha de papel na mão, dezenas de pessoas se amontoavam hoje em frente ao Botafogo Praia Shopping, situado na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Em frente ao shopping citado, um dos mais movimentados do Rio, alguns colecionadores davam um toque mais profissional à troca de figurinhas, instalando mesas na rua e organizando as figurinhas em pastas perfeitamente classificadas. De longe, a concentração de pessoas chega a assustar os mais desavisados.

De acordo com a unânime opinião dos colecionadores, uma das figurinhas mais difíceis de serem encontradas é também a mais procurada, ou seja, a de Neymar, estrela do Barcelona e principal esperança da seleção brasileira na Copa.

“Os mais difíceis são Neymar e Messi”, disse à agência Efe Ana Beatriz, uma menina de 9 anos que se encontrava na calçada do shopping junto a uma bancada repleta de figurinhas.

A norma geral para estas “estrelas” é trocar duas figurinhas por uma, embora alguns cheguem a pedir quatro em troca de alguma figura mais cotada, como os escudos brilhantes das seleções.

Um dos negociantes, Oswaldo Luis dos Reis, que passa cinco horas por dia instalado na porta do shopping, explicou à Efe que compra algumas figurinhas ao preço da banca e, depois, revende ou acaba trocando.

Oswaldo, inclusive, também vende álbuns completos, cujo preço varia de acordo com a característica da capa – dura ou branda – e também “com o cliente”.

Ana Rangel, que se encontrava em meio aos “trocadores de figurinha”, confessou ter ido ao posto de troca para conseguir os 50 cromos que ainda lhe faltam, mas disse que o álbum era para sua filha Giovanna, de 13 anos.

“Tive esta oportunidade e vou completar o álbum para as futuras gerações”, comentou Ana, que, por sua vez, revelou que seu jogador favorito é o goleiro da seleção, Julio César.

Já Luiz Felipe, de 11 anos e que decorou sua “banquinha” com uma bandeira do Brasil, começou a trocar figurinha no local ontem e já demonstra certa experiência. Segundo ele, haverá uma grande variação na cotação da figurinha de Robinho, o único jogador da seleção que aparece no álbum e não disputará a Copa.

“A de Robinho será a mais difícil porque vão parar de fabricar”, comentou o jovem colecionador. EFE

mp/fk

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