FMI afirma que zona do euro precisa de um empurrão para acelerar recuperação

  • Por Jovem Pan
  • 27/07/2015 12h48
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reiterou nesta segunda-feira (27) a previsão de 1,5% de crescimento para a zona do euro este ano e de 1,7% no próximo, e considerou necessário um “empurrão coletivo mais potente”, incluído um contínuo apoio do Banco Central Europeu (BCE) para reforçar a recuperação.

“Dadas as frágeis perspectivas econômicas em médio prazo, é urgentemente necessário um empurrão coletivo mais potente para consolidar a recuperação, elevar o crescimento potencial e fortalecer a resistência da união monetária”, assinalaram os técnicos do Fundo no relatório completo de revisão anual da economia do euro.

Entre as medidas requeridas, a instituição dirigida por Christine Lagarde destacou a importância de promover a demanda através do aumento do gasto governamental, a flexibilização das leis trabalhistas e completar o saneamento dos ativos tóxicos bancários.

O chefe da missão do Fundo à zona do euro, Mahmmood Pradhan, advertiu que “um choque na confiança, seja através de um crescimento futuro menor do que o esperado ou uma intensificação de tensões geopolíticas poderia deixar a união monetária em uma estagnação prolongada”.

Pradhan apoiou o estímulo monetário fornecido pelo BCE, que o organismo afirmou que manterá até setembro de 2016, o que o FMI considera “necessário”, e acrescentou que pode ser que o BCE “tenha que continuar à frente”.

Um elemento positivo destacado foi a previsão de alta da inflação, dos atuais 0% para 1,1% no próximo, afastando os temores de deflação na zona do euro.

Este relatório foi redigido após a viagem dos técnicos à zona do euro entre final de maio e começo de junho, antes das conversas entre os credores internacionais e a Grécia sobre o novo programa de resgate internacional.

O FMI reiterou que a situação na Grécia “é uma fonte-chave de incerteza”.

A Grécia e os sócios europeus, com o FMI, preveem começar esta semana as negociações para o terceiro resgate financeiro internacional, de 89 bilhões de euros, em troca de reformas estruturais na economia grega, com corte de gastos e alta de impostos.

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