Forças iraquianas expulsam EI da cidade de Al Dur, perto de Tikrit

  • Por Agencia EFE
  • 06/03/2015 13h10

Bagdá, 6 mar (EFE).- As forças iraquianas conseguiram nesta sexta-feira expulsar os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) da cidade de Al Dur, próxima à cidade de Tikrit, o principal alvo da ofensiva militar iniciada na segunda-feira.

Uma fonte de segurança da província de Saladino, cuja capital é Tikrit, informou à Agência Efe que nas operações para tomar o controle de Al Dur participaram tropas regulares e milicianos xiitas e tribais, respaldados pela aviação iraquiana.

Após um intenso bombardeio aéreo e com artilharia e foguetes Katyusha, o exército e os milicianos entraram depois do meio-dia na cidade, situada a apenas 25 quilômetros ao leste de Tikrit, e recuperaram um aeroporto próximo.

As tropas ainda têm que fazer frente a alguns pequenos focos de resistência por parte de jihadistas, mas a maioria dos combatentes do EI fugiram com suas famílias antes que as forças governamentais entrassem.

A fonte destacou também que foi içada a bandeira iraquiana nos edifícios governamentais de Al Dur, e que os artífices começaram a desativar as bombas colocadas pelos extremistas em casas e veículos.

Dezenas de corpos de jihadistas ainda estão em becos da cidade, que as tropas têm cercada totalmente para impedir a entrada de outros membros do EI.

Al Dur era um dos alvos prioritários da atual campanha, e já ontem fontes de segurança revelaram que as tropas se encontravam a três quilômetros ao leste da cidade.

As forças governamentais se preparam para invadir Tikrit quando terminaram as operações em Al Dur, “Alalam” e Al Buayil, todas ao leste da capital provincial.

A província de Saladino se caracteriza por sua importância estratégica ao fazer limite com outras sete regiões, ser a primeira produtora de trigo do país e ser sede da maior refinaria de petróleo do Iraque, além do túmulo do falecido ditador Saddam Hussein.

A escalada da violência nesta zona, sobretudo em Al Dur, forçou o deslocamento de cerca de quatro mil famílias, segundo anunciou há dois dias o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

Estas pessoas buscaram refúgio no distrito de Samarra, também em Saladino, mas em mãos das autoridades, e necessitam de ajuda humanitária urgente, sobretudo comida, água e remédios.

Por enquanto, eles foram alojados em edifício públicos, mesquitas e imóveis inacabados, embora há planos para levantar dois campos de amparo para os deslocados internos. EFE

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