Funcionários de saúde de Serra Leoa receberão vacina experimental para ebola

  • Por Agencia EFE
  • 14/04/2015 15h11
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Atlanta (EUA), 14 abr (EFE).- Cerca de seis mil trabalhadores da área de saúde e pessoas que lutam contra o ebola em Serra Leoa receberão uma vacina experimental, anunciaram nesta terça-feira os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

“Uma vacina segura e efetiva seria uma importante ferramenta para deter o ebola no futuro, e os trabalhadores de primeira linha que foram voluntários para participar tomaram uma decisão que poderia beneficiar trabalhadores de saúde e comunidades nas quais o ebola é um risco”, declarou o diretor dos CDC, Tom Frieden.

O diretor destacou que enquanto se demonstrar a efetividade e segurança da vacina, denominada rVSV-ZEBOV, persistirão na mesma estratégia para deter a epidemia, com a detecção dos casos, identificação de contatos e o isolamento de doentes.

Os testes serão realizados em conjunto com a Universidade de Medicina de Serra Leoa e o ministério da Saúde desse país africano que atualmente realiza o recrutamento de voluntários.

Todos os participantes serão observados durante seis meses depois da administração da vacina para avaliar sua efetividade.

A vacina, que estimula o sistema imunológico, já foi estudada em 800 pessoas na África e Europa, e também no Canadá e nos Estados Unidos, com resultados que demonstram um perfil de segurança “aceitável”.

Apesar de a incidência do ebola na África Ocidental estar decaindo consideravelmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que o surto é ainda uma emergência sanitária de alcance internacional.

Na semana que terminou em 5 de abril foi registrada a menor incidência de casos de ebola desde a terceira semana de maio de 2014, com 30 infecções.

Em 15 meses, a epidemia de ebola na África Ocidental infectou 25.556 pessoas, entre casos confirmados, prováveis e suspeitos, das quais 10.587 morreram.

A vacina foi desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá com licença para a NewLink Genetics, empresa que trabalha desde 2014 junto com a farmacêutica americana Merck para investigar, desenvolver, produzir e distribuir a vacina. EFE

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