Governo americano anuncia medidas de reparação às vítimas do 11 de setembro

  • Por Jovem Pan
  • 10/09/2016 10h58
Wally Gobetz/Wikimmedia Commons Atentados às Torres Gêmeas World Trade Centes em Nova York - 11 de setembro de 2001 11/09 - 9/11 - wikimmedia

O governo da Arábia Saudita poderá ser processado pelas vítimas do atentado terrorista de 11 de setembro de 2001. Uma resolução sancionada pelo Congresso dos EUA liberou os cidadãos americanos a cobrarem na Justiça indenizações das autoridades sauditas. Até então, a Casa Branca permitia que vítimas de terrorismos processassem apenas os países oficialmente designados pelo Departamento de Estado como patrocinadores dos ataques.

Apesar de nenhuma relação entre o episódio e o governo da Arábia Saudita ter sido comprovada, os deputados americanos alegam que 15 dos 19 sequestradores dos aviões eram sauditas, e por isso defendem que as autoridades do país sejam responsabilizadas. Embora as quase três mil vidas perdidas na tragédia não possam ser recuperadas, as pessoas atingidas exigem a reparação pelas consequências físicas e emocionais causadas pelo incidente.

A brasileira Adriana Maluendas estava em quarto de hotel no 17º andar do World Trade Center e sobreviveu ao atentado. Segundo ela, os impactos causados pelo desastre deixaram um trauma psicológico e até problemas de locomoção.

“Foram 13 anos de transtornos de estresse pós-traumáticos e traumas. Muitos traumas que eu tive, além de problemas físicos. Foram anos que eu passei praticamente isolada. Eu tenho na minha memória tudo como se fosse ontem. Fiquei com hematomas por meses e o problema eu tenho até hoje na minha coluna, que se desenvolveu até minha coluna cervical”, relatou a brasileira. Após 15 anos dos atentados, Maluendas vai lançar um livro contando como sobreviveu ao maior ataque terrorista da história.

Neste domingo, em mais um aniversário da tragédia, uma cerimônia com a participação do presidente americano, Barack Obama, deve relembrar a data em Nova York. Os dois principais candidatos à sucessão presidencial, a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump, não estarão no evento para evitar que a solenidade se transforme em um ato de campanha.

*As informações são do repórter Victor Brown

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