Governo colombiano pede que Farc entreguem assassinos de policiais

  • Por Agencia EFE
  • 23/03/2014 17h06

Bogotá, 23 mar (EFE).- O governo colombiano rejeitou neste domingo “taxativamente” o comunicado das Farc no qual reconheceram o assassinato de dois policiais no sudoeste do país e pediu à guerrilha que entregue os milicianos responsáveis pelo crime.

Através de um comunicado, a presidência advertiu às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que o processo de paz não eximirá o grupo de “responder por todos os crimes de guerra e contra a humanidade que tenham cometido e que sigam cometendo”.

A presidência disse, além disso, que o assassinato do major Germán Méndez e do patrulheiro Edílmer Muñoz respectivamente, foi “um crime de guerra e uma grave violação dos direitos humanos”.

Estes policiais desapareceram no dia 15 de março quando trabalhavam em um plano de consolidação da presença do Estado em zonas remotas e vulneráveis e seus corpos apareceram três dias depois com sinais de tortura, segundo as autoridades.

No sábado, as Farc reconheceram o assassinato dos dois policiais sem empregar armas de fogo e o justificaram pela “grande operação militar de perseguição” que sofreram seus sequestradores.

O ministro colombiano de Defesa, Juan Carlos Pinzón, pediu à guerrilha que entregue os autores do crime. “Se as Farc têm vontade de paz, deveriam entregar os responsáveis pela tortura e pelo assassinato de nossos policiais em Tumaco”.

Pinzón também disse que reconhecer este crime não transforma as Farc em “honesta, só em um montão de terroristas sem piedade”.

“São assassinos e reconhecem isso com descaramento”, acrescentou o ministro.

O governo colombiano e as Farc negociam desde novembro de 2012 um acordo de paz na cidade de Havana. EFE

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