Grécia e credores não chegam a acordo; conversas serão retomadas no sábado (27)

  • Por Reuters
  • 25/06/2015 14h45
Premiê grego, Alexis Tsipras, em Bruxelas, na Bélgica. 25/06/2015 REUTERS/Eric Vidal Reuters Premiê grego

A Grécia mais uma vez não conseguiu fechar um acordo com seus credores internacionais nesta quinta-feira, montando um esforço de última hora para sábado para evitar o calote na semana que vem em meio a temores de turbulências no mercado financeiro.

Os ministros das Finanças da zona do euro encerraram a terceira reunião em uma semana sem acordo depois que três instituições credoras apresentaram proposta final de reformas em troca de dinheiro confrontando o governo de esquerda de Atenas.

“A porta ainda está aberta para que o lado grego venha com novas propostas ou aceitem o que esta à mesa”, declarou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, para repórteres antes de informar líderes da União Europeia (UE), que participavam de uma cúpula ao lado, sobre o impasse.

O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, minimizou o mais recente revés depois que Atenas enviou suas próprias propostas, baseadas em grande parte em aumentos de impostos e contribuições sociais que os credores do país dizem que não arrecadará receita suficiente para tapar o enorme buraco orçamentário.

“As instituições vão analisar novamente os dois documentos: nossos documentos e os deles. Acontecerão discussões com o governo grego, e vamos continuar até encontrarmos uma solução”, afirmou Varoufakis a repórteres.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse a líderes de partidos de centro-direita que é necessário um acordo sobre a Grécia antes da abertura dos mercados financeiros na segunda-feira, segundo dois participantes. O comentário de Merkel a portas fechadas fizeram eco com o ápice da crise da dívida da zona do euro em 2012, quando líderes da UE temiam possível derretimento da moeda única.

Sem um acordo até o final de semana para liberar ajuda bloqueada, a Grécia, que recebeu dois resgates de 240 bilhões de euros desde 2010, entrará em default no pagamento crucial ao Fundo Monetário Internacional (FMI) na próxima terça-feira.

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