Hollande: “vida deve continuar, mas nada será igual a antes”

  • Por Agencia EFE
  • 17/01/2015 16h28

O presidente da França, François Hollande, disse neste sábado (17) em mensagem à nação que a após os atentados jihadistas de Paris a “vida deve continuar, mas nunca será como antes”.

Hollande falou ainda sobre as medidas que o governo francês adotará para combater o terrorismo. O pronunciamento foi feito em um dos seus redutos eleitoras, a cidade de Tulle, no sul da França.

O presidente defendeu o “compromisso com a liberdade de expressão” e pediu que os cidadãos estejam “à altura do espírito do 11 de janeiro”, dia em que milhões de pessoas foram às ruas da França para protestar contra o terrorismo.

O político socialista disse que a vida deve voltar ao normal, dez dias após os atentados jihadistas que deixaram 17 mortos em Paris, e defendeu a “unidade” demonstrada pela sociedade francesa.

“Somos um só país, um só povo, uma só França. Uma França sem distinção de religiões, de crenças, de sensibilidades”, disse Hollande.

O presidente afirmou ainda que reforçará os serviços de inteligência para combater o terror.

“É necessário. Não faremos sozinhos, mas com os europeus e os aliados que contribuam para conhecer melhor as redes jihadistas. O que ocorreu na França já se produziu fora e faz pensar que foi decidido por intervenções exteriores”, argumentou.

Entre as medidas que o governo analisará, Hollande citou “controlar os deslocamentos” de alguns cidadãos, aplicar uma “vigilância da internet mais firme” e adotar “medidas nas prisões” para evitar a radicalização de detentos.

“O que está em jogo vai além da segurança que o cidadão tem direito. É também a educação, a luta contra o abandono escolar, os doutrinamentos e a incompreensão que podem alcançar alguns de nossos jovens”, acrescentou o presidente francês.

A atuação de Hollande após os atentados de Paris deram um ganho de popularidade a sua desgastada imagem.

Segundo uma pesquisa publicada hoje pela emissora “iTélé” e elaborada pelo instituto BVA, entre 13 e 14 de janeiro a popularidade de Hollande avançou 10 pontos, até alcançar 34%. 

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