“Homem-Aranha francês” escala edifício de 186 metros em Paris
Paris, 20 mar (EFE).- Alain Robert, conhecido como o “Homem-Aranha francês” por subir em fachadas de edifícios, escalou nesta quinta-feira uma torre de 186 metros na Défense, o distrito de negócios situado nos arredores de Paris.
Em pouco mais de uma hora e sem cordas, Robert, de 51 anos, ascendeu ao alto da torre Total, um edifício de 48 andares que abriga a sede da companhia petrolífera francesa.
A tentativa começou às 10h locais. Com esparadrapo nas mãos e cabelo comprido ao vento, Robert optou por arrancar pela fachada menos acessível, para evitar que as autoridades frustrassem sua aventura.
“Não quero incomodar a polícia… São simpáticos, mas não se deve brincar com eles”, explicou o aventureiro à “Europe 1”.
Uma hora depois, e após subir de forma circular pela fachada, Robert alcançou o pico do edifício. Só necessitou uma pequena pausa em um terraço, suficientemente curta para que policiais e bombeiros não conseguissem pegá-lo.
“A escalada deve continuar sendo algo exigente onde não se podem cometer erros. É o que torna interessante a escalada completamente sozinho”, comentou pouco antes de atacar o edifício.
Diante do olhar de cerca de 100 curiosos, muitos deles fazendo fotos de celular, o “Homem-Aranha francês” desceu da torre cercado de policiais, desta vez de elevador.
O escalador urbano, que já subiu 16 vezes por arranha-céus da Défense, já tinha tentado, sem sucesso, alcançar o alto dessa torre.
Da mesma forma, fez cúpula em muitos edifícios emblemáticos de Paris como o obelisco da praça da Concórdia, a basílica do Sagrado Coração, a pirâmide do Louvre, a torre de Montparnasse, o Centro Pompidou ou a Biblioteca Nacional da França.
Sua maior proeza foi em março de 2011 quando, dessa vez com cordas, escalou os 828 metros do arranha-céu Burj Khalifa nos Emirados Árabes Unidos, o edifício mais alto do mundo.
“Tenho medo porque sou uma pessoa normal, portanto sinto o medo como qualquer outro ser humano. Quando escalo, no entanto, sei deixar meus medos de lado”, resumiu Robert. EFE
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