Hong Kong vive nova noite de confrontos e 28 pessoas são detidas

  • Por Agencia EFE
  • 29/11/2014 05h48
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Hong Kong, 29 nov (EFE).- Hong Kong viveu uma nova noite de enfrentamentos entre manifestantes pró-democracia e a polícia, que terminaram com 28 prisões e dez pessoas feridas no bairro de Mong Kok, informou neste sábado a imprensa local.

Uma operação policial, que começou na terça-feira e se prolongou por 48 horas, acabou com um dos três acampamentos de protesto do movimento, que foram montados na cidade há dois meses.

Os protestos voltaram ao bairro de Mong Kok na madrugada de sexta para o sábado, quando centenas de manifestantes tentaram ocupar as ruas do distrito e acabaram entrando em confronto com a polícia.

Os agentes voltaram a fazer uso de gás de pimenta, cassetetes e escudos para tentar conter os manifestantes.

Por volta da meia-noite local de sexta-feira (14h de Brasília), centenas de manifestantes começaram a se reunir no cruzamento entre as ruas Arglye e Nathan, onde ficava o acampamento desmantelado nesta semana.

Os manifestantes tentaram bloquear o trânsito utilizando contêineres de lixo e atiraram ovos e garrafas contra a polícia, segundo a imprensa local.

A situação ficou caótica, de acordo com algumas testemunhas, e a polícia investiu contra os manifestantes.

Como resultado do confronto, 28 pessoas foram presas e dez, entre elas alguns policiais, ficaram feridas e precisaram de atendimento médico, informou a emissora local “RTHK”.

Este novo incidente acontece dois dias depois que a polícia e oficiais de justiça removeram as barricadas e o acampamento dos manifestantes em Mong Kok, em uma operação que contou com 6 mil efetivos.

Desde a quarta-feira, quando as ruas do bairro voltaram à normalidade, centenas de manifestantes tentaram ocupá-las outra vez todas as noites.

Cerca de 200 pessoas foram detidas, entre elas dois dos líderes dos protestos, e mais de 50 ficaram feridas desde o início da operação de despejo de Mong Kok.

Além disso, organizações de jornalistas denunciaram a prisão de vários profissionais da imprensa durante os enfrentamentos. EFE

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