Iata classifica de “terrível crime” o acidente do avião malaio

  • Por Agencia EFE
  • 22/07/2014 14h21
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Genebra, 22 jul (EFE).- A Agência Internacional do Transporte Aéreo (Iata) qualificou nesta terça-feira de “terrível crime” e “um ataque contra o sistema de transporte aéreo” o acidente do voo da Malaysia Airlines, que no último dia 17 caiu no leste da Ucrânia com 298 pessoas a bordo.

Em comunicado, o diretor-geral de Iata, Tony Tyler, afirma que “no fim de semana passado foi confirmado que os passageiros e a tripulação a bordo da aeronave foram vítimas de um crime horrível. O acidente é também um ataque contra o sistema de transporte aéreo, que é um instrumento de paz”.

O Boeing 777 de Malaysia Airlines foi supostamente abatido por um míssil quando sobrevoava uma zona do leste da Ucrânia controlada pelos separatistas pró-russos.

“Não se devem poupar esforços para assegurar que não se repita uma atrocidade como esta. Não se deve permitir que sejam disparados mísseis contra aviões civis, nem por parte dos governos e nem por parte dos separatistas”, acrescentou Tyler.

“Os governos terão que tomar a iniciativa na hora de revisar como será avaliado o risco do espaço aéreo. E a indústria fará todo o possível para apoiar os governos, através da Icao (Organização Internacional da Aviação Civil), na difícil tarefa apresentada”.

Tyler, lembrou, no entanto que o avião é o meio de transporte mais seguro que existe e que se está trabalhando para melhorar ainda mais a segurança.

Dito isto, o diretor-geral de Iata voltou a desculpar a Malaysia Airlines por ter tomado uma rota que outras companhias aéreas tinham deixado de usar por precaução.

“Os governos e os provedores de serviços de navegação aérea informam às companhias aéreas sobre as rotas abertas e restritas ao trânsito aéreo. As companhias aéreas acatam as instruções”, disse Tyler.

“Esse foi o caso do MH17. Não cabia dúvida de que o avião da Malaysia Airlines era um avião comercial. E foi derrubado -violando completamente as leis, as normativas e os tratados internacionais- apesar ter sido identificada e notificada sua presença em um corredor aéreo aberto e muito transitado, a uma altitude considerada segura”, afirmou. EFE

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