Indonésia convoca Embaixada do Brasil para reunião sobre Rodrigo Gularte
O governo da Indonésia convocou representantes das embaixadas dos países com cidadãos no corredor da morte para reunião neste sábado (25), na prisão de Nusakambangan, em Cilacap, a cerca de 400 quilômetros de Jacarta, capital do país. No grupo de dez prisioneiros condenados à morte por tráfico de drogas, estão o brasileiro Rodrigo Gularte e condenados da Austrália, França, Filipinas, Nigéria e de Gana.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) confirmou que a Embaixada do Brasil em Jacarta recebeu a convocação ontem (23) e mandou um representante à Cilacap, onde fica a prisão na qual o paranaense Rodrigo Gularte e os demais condenados estão.
O MRE informou que ainda não recebeu comunicação oficial sobre eventual data de execução do brasileiro, preso em julho de 2004, ao tentar entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe.
Pelas leis indonésias, os presos e seus representantes devem ser comunicados com 72 horas de antecedência da execução. A convocação dos representantes das embaixadas gerou especulação entre quem acompanha o caso e os envolvidos de que amanhã as autoridades do país podem definir a data da execução por fuzilamento.
A defesa do paranaense continua tentando convencer a Justiça da Indonésia de que ele precisa de tratamento psiquiátrico, adiando ao máximo execução.
“Sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Rodrigo Gularte e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésio, o governo brasileiro segue realizando gestões sobre o caso, por razões humanitárias e tendo em conta o estado de saúde do cidadão brasileiro”, informou o Itamaraty à Agência Brasil.
O MRE ressaltou os reiterados pedidos feitos, “em caráter urgente”, de internação imediata do brasileiro em hospital local.
Além disso, o MRE convocou hoje (24) o encarregado de Negócios da Indonésia no Brasil para comparecer ao Itamaraty para uma reunião com o embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães, subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior. O gesto serviu para demonstrar, mais uma vez, a preocupação do governo brasileiro com a situação e pedir mais explicações sobre o andamento do caso.
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