Israel minimiza importância de petição em Londres para prender Netanyahu

  • Por Agencia EFE
  • 11/08/2015 19h39

Jerusalém, 11 ago (EFE).- O Ministério das Relações Exteriores israelense considerou nesta terça-feira como “manobra de relações públicas” a petição apresentada em Londres para que o parlamento britânico organize um debate sobre a prisão do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, quando visitar o país em setembro.

“Trata-se de uma manobra de relações públicas sem um verdadeiro conteúdo prático”, disse o porta-voz das Relações Exteriores, Emanuel Nahshon, em comunicado.

O representante, que se mostrou confiante que o governo britânico não permitirá um debate desse tipo e ressaltou os estreitos laços bilaterais entre ambos os países em todos os níveis, se referia à apresentação de 30 mil assinaturas no site do parlamento britânico para pedir que se debata na câmara a detenção de Netanyahu por “crimes de guerra”.

A petição, criada por um cidadão que se identificou como Damian Moram, pede que o dirigente israelense seja detido sob a legislação internacional devido ao “massacre de mais de dois mil civis em 2014”, em alusão à última guerra em Gaza.

Em julho, o site do parlamento britânico estreou um sistema que permite aos usuários enviarem petições pela internet para garantir que suas “preocupações cheguem ao governo” e aos deputados.

Segundo a página, o governo responderá todas as petições que superarem as 10 mil assinaturas, enquanto serão “consideradas para debate” nas câmaras todas aquelas que superarem as 100 mil adesões.

O pedido conta com um prazo de seis meses desde a divulgação pública para obter apoios até o dia 7 de fevereiro de 2016.

Para entrar com uma petição como essa é necessário ser cidadão britânico ou residente no Reino Unido e se identificar com um nome, um endereço de e-mail e um código postal. EFE

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