Jihadistas decapitam 15 rebeldes de outras facções islamitas na Síria

  • Por Agencia EFE
  • 07/01/2014 17h20

Beirute, 7 jan (EFE).- Pelo menos 15 rebeldes sírios foram decapitados nesta terça-feira por militantes do Estado Islâmico do Iraque e Levante (Síria), grupo vinculado à Al Qaeda, que invadiu em uma base insurgente em Homs, no centro da Síria, denunciou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O Observatório, com sede em Londres e uma rede de informantes em toda a Síria, acrescentou que a base fica a leste da cidade de Al Rastan, na província de Homs, sem dar mais detalhes.

Enquanto isso, na província de Al Raqa, os jihadistas tomaram o controle da população de Madan após choques contra combatentes de outras facções rebeldes também islamitas. E continuam os combates entre os grupos nas cidades de Al Raqa e Tell Abiad.

Milicianos islamitas tomaram a delegacia do bairro de Al Salehin, em Aleppo, no norte, onde estavam entrincheirados membros do grupo Estado Islâmico.

Segundo o Observatório, uma centena de extremistas se entregaram a combatentes do Frente al Nusra, também leal à Al Qaeda, que se comprometeram a levá-los diante das Cortes Islâmicas dos insurgentes.

Pelo menos 274 pessoas morreram desde a última sexta-feira no norte da Síria, nos combates entre membros do Estado Islâmico e outros grupos opositores ao regime do presidente sírio, Bashar al Assad.

O líder do Frente al Nusra, Abu Mohammed Al Yulani, apresentou hoje um plano, que inclui um cessar-fogo, para pôr fim ao conflito entre as facções rebeldes.

O porta-voz do Exército Livre Sírio, o coronel Qasem Saadedin, disse ontem a Agência Efe que estes choques não são espontâneos e que fazem parte de uma ofensiva planejada entre a organização e a Frente Islâmica, a principal aliança rebelde islamita, contra o Estado Islâmico “por ter ultrapassado todas as linhas vermelhas”.

Saadedin acusou os extremistas de terem assassinado e sequestrado cidadãos sírios e esclareceu que a operação não é contra a Frente al Nusra, que, para ele, não cometeu abusos com o povo sírio. EFE

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