Justiça paquistanesa põe em liberdade 8 dos 10 acusados do ataque à Malala
Ao todo, oito dos dez acusados de tentar matar Malala Yousafzai, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, não foram condenados e colocados em liberdade, informaram as autoridades paquistanesas nesta sexta-feira (05).
No final de abril, fontes judiciais e policiais informaram que os dez acusados pelo ataque à ativista, símbolo da luta pela educação feminina, foram condenados a 25 anos de prisão por um tribunal antiterrorista. No entanto, apenas dois foram sentenciados e os outros oito foram postos em liberdade por falta de provas, disse à Agência Efe o chefe policial da região de Swat, onde ocorreu o ataque em 2012, Saleem Marwat.
“O tribunal condenou dois homens envolvidos na tentativa de assassinato de Malala e os outros oito foram postos em liberdade pela falta de provas. A confusão foi provocada pela imprensa”, afirmou Marwat.
Aijaz Khan, porta-voz do Escritório de Investigação Policial e que teve acesso ao veredicto, confirmou à Agência Efe esta versão e informou que os condenados ficaram presos dez anos e não 25.
“Israr ur Rehman e Izhar Ullah foram sentenciados a dez, cinco, três, sete, um e dez anos de prisão por diferentes acusações”, disse Khan, que explicou que todas as penas serão cumpridas simultaneamente e, por isso, eles permanecerão no máximo dez anos na cadeia.
O julgamento foi realizado por um tribunal antiterrorista em instalações militares a portas fechadas em Mingora, principal cidade do vale do Swat onde foi atacada a jovem ativista, atualmente com 17 anos.
Em setembro, o exército paquistanês deteve os dez suspeitos, pertencentes ao grupo islamita Shura, vinculado ao principal grupo talibã do país, o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), por participação no ataque a Malala em 9 de outubro de 2012.
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