Kerry pede que iraquianos se unam para enfrentar terrorismo

  • Por Agencia EFE
  • 22/06/2014 14h33
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Cairo, 22 jun (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, pediu neste domingo que os iraquianos se unam para enfrentar o terrorismo após os últimos avanços do grupo extremista Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL).

Em entrevista coletiva no Cairo após se reunir com o presidente do Egito, Abdul Fatah Al Sisi, Kerry pediu por um “governo iraquiano unido que represente todas as etnias do povo iraquiano para combater o EIIL”.

“O Iraque terá todo nosso apoio e do de todo o mundo para enfrentar o terrorismo”, disse o chefe da diplomacia americana.

Kerry afirmou que os EUA não vão se envolver na política do Iraque, que é da alçada dos próprios iraquianos, e acrescentou que curdos, sunitas e alguns xiitas mostraram insatisfação com a situação no país árabe.

“Os Estados Unidos não são responsáveis pelo que está acontecendo no Iraque e na Líbia”, disse Kerry, que ressaltou que o ditador líbio Muammar Kadafi, morto em 2011, “foi o culpado” e que foi contra ele que o povo se levantou.

Já sobre o Iraque, Kerry justificou a invasão americana em 2003 pela necessidade de “estabelecer um país mais democrático” e considerou que a ameaça atual do EIIL “não é só um problema do Iraque, mas de toda a região, já que nenhum estado está a salvo”.

O chanceler americano também assinalou que os Estados Unidos estão trabalhando com muitos países, como o Egito e Israel, para fazer os jihadistas recuarem. E pediu aos países e aos indivíduos que não financiem o terrorismo e que tomem o cuidado de saber com certeza o destino final das doações quando financiam projetos humanitários.

O ministro de Relações Exteriores do Egito, Sameh Shukri, disse na mesma conferência que o Egito e os EUA “compartilham a preocupação com a situação do Iraque” e defendeu o “respeito a integridade do Iraque, sua união nacional e a inclusão de todas as partes”.

Nas últimas duas semanas, o EIIL e outros grupos insurgentes sunitas críticos ao governo do xiita Nouri al-Maliki tomaram várias regiões do Iraque e se enfrentaram com as tropas governamentais.

Bagdá pediu aos Estados Unidos que façam bombardeios aéreos contra os insurgentes, mas até o momento Washington se limitou a enviar 300 assessores militares, insistindo que isto não significa a retomada das operações de combate no Iraque e que a solução ao problema não passa por uma via exclusivamente militar. EFE

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