Kiev e rebeldes assinam cessar-fogo para leste da Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 05/09/2014 10h48
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No dia anterior EFE/Tatyana Zenkovich Organização nacionalista ucraniana se manifesta em frente a edifício presidencial em Kiev

Representantes do governo de Kiev e dos separatistas pró-Rússia chegaram a um acordo nesta sexta-feira para um cessar-fogo no leste da Ucrânia.

A trégua entre os dois lados em conflito, assinada durante uma reunião realizada em Minsk (Belarus), entrará em vigor a partir das 18h locais (12h de Brasília), confirmou a chefe da delegação da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) nas negociações, Heidi Tagliavini.

“Acabamos de assinar um protocolo de 12 pontos. O mais importante se refere a um cessar-fogo imediato a partir das 18h”, anunciou a diplomata.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, confirmou por meio de seu Twitter que “em Minsk foi assinado o protocolo preliminar para o acordo sobre um cessar-fogo, que deve entrar em vigor nesta sexta-feira”.

“O protocolo contempla todos os aspectos do controle (internacional do cessar-fogo), a troca de prisioneiros e outros assuntos”, explicou para a agência russa “Interfax” uma fonte que participou das consultas.

O representante dos rebeldes da região de Lugansk, Igor Plotnistski, afirmou que os separatistas estão “dispostos a um cessar-fogo adotado por ambas as partes”, mas ressaltou que a “medida forçada para pôr fim ao derramamento de sangue não significa de nenhuma maneira” a renúncia à luta pela independência.

O acordo foi alcançado em uma reunião do Grupo de Contato para a crise ucraniana, integrado pela Ucrânia, Rússia, OSCE e representantes dos separatistas.

“A Ucrânia está cansada da guerra e fará todo o possível para que a paz volte a nossa terra”, disse ontem o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que se mostrou disposto a ordenar ao Estado-Maior um cessar-fogo nas regiões de Donetsk e Lugansk a partir de hoje.

Poroshenko, que fez as declarações na cúpula da Otan no País de Gales (Reino Unido), expressou também sua confiança de que o fim das hostilidades seja apenas o primeiro passo para a aplicação de um plano de paz.

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