Laboratório do Rio não paga conta de luz e supercomputador pode ser desligado
Por falta de pagamento da conta de luz, o Laboratório Nacional de Computação Científica, no Rio de Janeiro, deixa o supercomputador Santos Dumont em uso restrito. O equipamento foi implantado há pouco menos de um ano, tem enorme capacidade de processar informações numéricas e realiza mais de 1 quatrilhão de operações de soma e subtração por segundo.
O supercomputador está integrado ao SINAPAD (Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho), rede de centros de computação de alto desempenho distribuídos pelo Brasil. No entanto, o equipamento agora corre o risco de deixar de funcionar.
A decisão foi tomada pelo diretor do órgão, Augusto Gadelha, por falta de dinheiro para o pagamento da conta de luz. O custo da conta chega a R$ 500 mil, quase 80% do orçamento mensal do laboratório. O funcionamento pleno da máquina, fabricada na França, ao custo de R$ 60 milhões, se deu por apenas dois meses: março e abril.
Atualmente, o supercomputador trabalha quatro horas e realiza dois projetos, mesmo tendo capacidade de rodar até 100 programas simultaneamente. Em nota, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações informou que já negocia com a área econômica uma suplementação orçamentária.
O ministério afirmou que solicitou um valor adicional de R$ 4,65 milhões, que está em análise no Ministério do Planejamento.
Reportagem: Fernando Martins
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