Lagarde pede combate à violência e melhora de infraestrutura na A.Latina

  • Por Agencia EFE
  • 05/12/2014 11h50
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Santiago (Chile), 5 dez (EFE).- A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse nesta sexta-feira que os principais desafios da América Latina são enfrentar a violência, potencializar a rede de infraestrutura e “revitalizar” a “confusa” integração comercial regional.

“O primeiro da lista é o crime violento. O custo humano é enorme. Mas o crime também prejudica o desenvolvimento econômico e corrói as instituições democráticas”, assegurou Lagarde no discurso inaugural de uma conferência de alto nível sobre os desafios para o crescimento da região realizada no Chile.

Em seguida, pediu aos países a melhorar de “maneira significativa as redes de infraestrutura” para reduzir os custos logísticos; e a revitalizar a integração regional diante “da proliferação” de grupos, como Alba e Mercosul, cujos “benefícios agregados” qualificou de “confusos”.

Lagarde, que chegou ao Chile procedente do Peru no marco de uma viagem latino-americana, destacou os avanços registrados na região na última década, especialmente na hora de expandir a classe média em mais de 50% na última década.

No entanto, reconheceu que “as crescentes expectativas desta nova classe média estão se chocando com as limitações na oferta de serviços públicos por parte dos governos”.

Por isso, ela assinalou que se deve progredir na agenda de reformas estruturais em áreas-chave como “educação, redes de seguridade social e inclusão financeira”.

Além disso, ressaltou a mudança de papel do FMI em relação à região onde passou de “responder às crises para ser um fornecedor de seguros”, ao mencionar os exemplos de México e Colômbia que aproveitaram os mecanismos de prevenção como a Linha de Crédito Flexível.

Na reunião de alto nível, que durará até este sábado na capital chilena, também participam a presidente chilena Michelle Bachelet; o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno; e os ministros de Economia e Fazenda de Chile, Peru e Colômbia, entre outros. EFE

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