Líder supremo do Irã agradece “sinceros esforços” de equipe de negociação

  • Por Agencia EFE
  • 15/07/2015 04h46

Teerã, 15 jul (EFE).- O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, agradeceu à equipe de negociação nuclear do país por seus “sinceros esforços” e “trabalho duro” durante os diálogos que resultaram no histórico acordo com o Grupo 5+1 sobre o programa atômico da República Islâmica, informa nesta quarta-feira a agência oficial “Irna”.

As declarações de Khamenei, máxima figura política e religiosa iraniana, cuja opinião tem um peso determinante em cada decisão tomada no país, constituem uma aceitação tácita do conteúdo do pacto firmado ontem em Viena (Áustria).

Khamenei, apesar de ter mostrado durante todo o processo de negociação sua desconfiança em relação aos países do Grupo 5+1 (Estados Unidos, França, China, Reino Unido, Rússia, mais Alemanha), também defendeu perante a ala mais extremista da política iraniana a necessidade de negociar para encontrar uma saída ao programa atômico e as sanções que prejudicam a economia local.

O líder supremo foi o responsável por traçar os limites do que o Irã não iria aceitar nas negociações e instruiu os delegados do país sobre quais temas eles poderiam tratar durante os diálogos.

Khamenei expressou seu agradecimento em um encontro com o presidente Hassan Rohani, no qual considerou que o “apoio espiritual e político é o principal fator para solucionar todos os problemas”.

“Os governantes muçulmanos têm o dever de receber os impostos e cumprir com os direitos públicos, defender ao povo e sua terra, guiar as pessoas em direção à salvação”, afirmou.

O Irã e o Grupo 5+1 anunciaram ontem em Viena um acordo para pôr fim a 13 anos de conflito com a comunidade internacional, movimento interpretado por Teerã como um “novo começo” das relações do país com o mundo.

O pacto permite que a República Islâmica possua uma indústria atômica própria, apesar de ser severamente limitada e controlada para que não possa ser usada para fins bélicos. Em troca, os países eliminam as sanções que atrapalham a economia do país. EFE

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