Ministro das Relações Exteriores do Irã chega à Síria para reunião com Assad

  • Por Agencia EFE
  • 12/08/2015 13h57

Damasco, 12 ago (EFE).- O ministro iraniano de Relações Exteriores, Mohammed Javad Zarif, chegou nesta quarta-feira a Damasco em sua primeira visita à Síria desde que seu país alcançou em julho um acordo com as potências internacionais sobre o programa nuclear.

Fontes oficiais sírias disseram à Agência Efe que Zarif foi recebido no aeroporto da capital pelo vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Faiçal Miqdad.

Espera-se que Zarif se reúna imediatamente com seu colega sírio, Walid Muallem, e depois com o presidente Bashar al-Assad.

Segundo as fontes, o objetivo desta visita é terminar a elaboração de um plano iraniano para dar uma solução ao conflito sírio, que dura mais de quatro anos.

Está previsto que Zarif revele os detalhes desta iniciativa após sua estadia de dois dias em Damasco e suas reuniões com responsáveis sírios.

O Irã é um dos principais aliados internacionais do regime de Assad.

Horas antes da chegada de Zarif, a capital síria foi palco do disparo de foguetes por parte dos rebeldes contra áreas do centro da cidade, que, segundo a último apuração oferecida pela televisão síria, deixaram 12 mortos e 70 feridos.

Além disso, pelo menos 37 pessoas perderam a vida e 120 sofreram ferimentos por ataques aéreos do Exército contra as povoações de Duma, Saqba, Hamuriya e Kafr Batna, na região de Ghouta Oriental, principal reduto da oposição nos arredores de Damasco, de acordo com a apuração do Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Zarif chegou à Síria procedente do Líbano, onde hoje declarou que a estabilidade no Oriente Médio será alcançada mediante o diálogo, como o desdobrado para conseguir o acordo nuclear, que qualificou de “vitória” para toda a região.

“Existe uma oportunidade para todos os países da região e uma nova visão baseada no diálogo para instaurar a estabilidade e fazer frente ao inimigo israelense, ao extremismo e ao terrorismo”, disse Zarif em entrevista coletiva em Beirute. EFE

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