Ministro diz que País precisa de investimento privado

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/12/2016 17h38
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Divulgação/Vale Inauguração S11D - Vale

O governo federal conta com o investimento de tradicionais grupos privados para que a economia em 2017 seja melhor do que a deste ano. No Pará, onde participou da inauguração do superprojeto de mineração da Vale, o S11D, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o País precisa de “empresas como a Vale, o Bradesco e a Mitsui”. “Para que possam continuar nos liderando neste momento de dificuldade e apontar um horizonte”, acrescentou.

O ministro reafirmou ainda a mensagem do governo de que “2017 será, sim, melhor do que o (ano) de 2016” e disse que tem viajado “levando mensagem de otimismo àqueles que querem voltar a acreditar no País”. “Quero poder dar aqui uma missão (de investir para retomar a economia) não só à Vale, mas a muitas outras empresas que queiram explorar as riquezas naturais do nosso País”, completou.

Coelho Filho substituiu o presidente da República, Michel Temer, que não conseguiu viajar ao município paraense de Canaã dos Carajás por causa do mau tempo. O aeroporto local fechou por volta das 11h, horário em que Temer chegaria. Já o ministro disse ter voado mais cedo, por isso conseguiu chegar a tempo. Sem o presidente e com atraso por causa da espera por autoridades e executivos, a cerimônia durou menos de 50 minutos. Entre os executivos presentes, apenas o presidente da Vale, Murilo Ferreira, discursou. A participação dos presidentes do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e da japonesa Mitsui, Tatsuo Yasunaga, se limitou ao aperto de um botão que simbolizou o acionamento da primeira carga do S11D.

“Tivemos o desafio de implantar uma das maiores operações de minério de ferro do mundo, mesmo diante de incertezas”, discursou o presidente da Vale, lembrando que, em 2011, quando a empresa tomou a decisão de levar o projeto adiante, a tonelada do minério de ferro era negociada a US$ 191, mas, em janeiro deste ano, chegou ao patamar de US$ 37, o que representou uma perda de receita de 80%. “Levamos o S11D com uma inabalável confiança na recuperação e no crescimento. Sabemos que o Brasil passa por uma dificuldade muito grande, mas nem por isso demos as costas ao passado grandioso da Vale”, afirmou Ferreira.

Maior investimento privado realizado na última década, de US$ 14,3 bilhões, o superprojeto de mineração da Vale garante a produção de minério de ferro a um custo 41% inferior ao alcançado em média pela empresa. Além da qualidade do produto e das condições geográficas da mina, o projeto conta com o uso de tecnologia inovadora, que permite, por exemplo, substituir o óleo diesel por energia elétrica. O plano é chegar a 2020 produzindo 75 milhões de toneladas por ano.

Presente ao evento, o geólogo Breno Augusto dos Santos, ex-funcionário da Vale, responsável pela descoberta da reserva de Carajás, destacou que o S11D é uma pequena parcela de uma reserva de grande potencial, sob concessão da Vale. Ele diz que, se explorada por completo, a região pode garantir minério de qualidade por mais de um século.

(*A repórter viajou a convite da Vale)

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