Morre o literato e político português Vasco Graça Moura
Lisboa, 27 abr (EFE).- O intelectual, literato e político português Vasco Graça Moura, considerado uma das maiores figuras da cultura portuguesa, morreu neste domingo aos 72 anos de idade após uma longa batalha contra o câncer.
Advogado, tradutor, poeta, dramaturgo, historiador e eurodeputado pelo Partido Social Democrata (PSD, centro-direita), também desempenhou o cargo de secretário de Estado em um dos primeiros governos surgidos após a queda da ditadura, como consequência da Revolução dos Cravos, que acaba de completar 40 anos.
Também foi um dos intelectuais que mais atuou no debate sobre o acordo ortográfico que pretende unificar as diferentes variantes do idioma português, uma iniciativa que censurou com dureza.
Sua morte provocou imediatamente uma corrente de reações, também entre as mais altas instituições do Estado, e o presidente português se mostrou consternado por sua perda.
“Vasco Graça Moura foi um dos maiores escritores portugueses das últimas décadas e um dos intelectuais que mais contribuíram à afirmação e projeção internacional de nossa cultura”, declarou Aníbal Cavaco Silva.
Na opinião do chefe do Estado, Graça Moura foi “um homem de letras e um homem de ação que deixa uma marca indelével tanto na literatura como no debate democrático”.
Por sua parte, o primeiro-ministro e atual líder do PSD, Pedro Passos Coelho, expressou suas condolências pela morte do literato, e considerou que sua partida representa “um momento de luto”.
“Portugal perdeu hoje um de seus maiores cidadãos”, lamentou o dirigente conservador. EFE
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