Morrem 80 rebeldes moderados e combatentes jihadistas em choques em Aleppo

  • Por Agencia EFE
  • 01/03/2015 08h50
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Cairo, 1 mar (EFE).- Pelo menos 50 rebeldes do Movimento Hazm, pertencente ao moderado Exército Livre Sírio (ELS), e 30 jihadistas do Frente al Nusra morreram em combates na província de Aleppo (norte), informou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

No marco dos combates, que ocorreram no sábado, a Frente al Nusra, filial síria da Al Qaeda, conseguiu tomar o controle de quartéis do Movimento Hazm nas zonas do regimento 48, Al Mashtal, Kafr Nuran, Miznar e Rif al Mohandisin.

Os insurgentes moderados foram obrigados a se retirar com seu armamento à cidade de Atareb, segundo o Observatório.

Algumas facções do Movimento Hazm anunciaram em comunicado sua retirada do grupo e sua adesão às brigadas Bin Taimiya, a fim de evitar o confronto e contribuir para que as fileiras estejam unidas contra o regime sírio.

A Frente al Nusra anunciou na quinta-feira passada, em comunicado divulgado na internet, que tinha declarado em Aleppo a guerra total ao Movimento Hazm, um dos principais receptores de ajuda militar dos Estados Unidos na Síria.

O grupo extremista acusa os insurgentes moderados de instigar as brigas com seus combatentes em um momento em que os opositores se uniram para fazer frente às tropas governamentais sírias nos arredores de Aleppo.

Não é a primeira vez que ambas as facções se enfrentam, já que em novembro a Frente al Nusra expulsou o Movimento Hazm da província vizinha de Idlib.

Também em combates com a Frente al Nusra morreram no sábado 26 membros da forças leais ao regime sírio -soldados e milicianos- na província meridional de Deraa.

Apesar destas baixas, o grupo libanês Hezbollah, que luta junto ao Exército de Bashar al Assad, chegou nesta zona de Deraa, limítrofe com a região de Rif Damasco, e tem o controle de várias localidades como Tel al Qaria, Al Habaria e Al Hamari.

Desde março de 2011, a guerra na Síria acabou com a vida de mais de 200 mil pessoas, segundo os cálculos da ONU, e gerou milhões de refugiados e de deslocados internos. EFE

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