2020 será um dos anos mais quentes dos últimos 150 anos, alerta OMM

A média de temperatura global dos últimos meses é semelhante à de 2019, de forma que o ano mais quente da história continua sendo 2016

  • Por Jovem Pan
  • 02/12/2020 10h35 - Atualizado em 02/12/2020 12h40
EFE / JOEL CARRETT Em novembro, Sydney viveu uma onda de calor com temperaturas de mais de 40ºC

Nesta quarta-feira, 2, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que 2020 será um dos três anos mais quentes em mais de um século e meio. De acordo com as medições científicas realizadas pela entidade, a temperatura média global será 1,2ºC mais alta do que no período pré-industrial, entre os anos de 1850 e 1900. O valor é semelhante ao de 2019, mas perde para 2016, quando o fenômeno El Niño contribuiu para que ele se tornasse o mais quente da história. Os dados confirmam, além disso, que a década de 2011 a 2020 é a mais quente que se tem registro.

A região em que a alta das temperaturas ficou mais evidente neste ano é o norte da Ásia, mais particularmente, o Ártico Siberiano, onde os termômetros subiram, em média, 5ºC, entre 1981 e 2020. Em 20 de junho deste ano, por exemplo, um dos lugares mais frios do mundo, Verkhoyansk, registrou a temperatura mais alta de todos os tempos no Círculo Ártico, 38ºC. A OMM alertou, ainda, que os últimos meses foram marcados por uma alta sem precedentes no degelo na região. Só a Groenlândia perdeu uma massa de gelo de 152 bilhões de toneladas. As geleiras do Antártico, por outro lado, permaneceram estáveis.

Para conter o avanço do aquecimento global, o Acordo de Paris tem como objetivo maior conter a elevação das temperaturas em 1,5ºC até o fim do século. No fim de novembro, a OMM já havia alertado que, mesmo com a paralisação das atividades industriais causada pela pandemia de coronavírus, a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera continuava aumentando.

*Com informações da EFE

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