Afegãs protestam pelo segundo dia consecutivo contra o Talibã e a violência de gênero
Regime fundamentalista é conhecido por reprimir as mulheres, que, durante o primeiro governo do grupo, eram impedidas de estudar, trabalhar ou sair às ruas sem uma presença masculina
![Mulheres afegãs protestam na capital Cabul pedindo a inclusão feminina no governo do Talibã no Afeganistão](https://jpimg.com.br/uploads/2021/09/c21f375362ff800d35213af3b1a8d91b5d51fde8miniw.jpg)
Afegãs protestam nesta sexta-feira, 3, contra o governo do Talibã, que assumiu o Afeganistão após saída das tropas norte-americanas, e contra a violência de gênero praticada pelo grupo extremista. Durante 1996 e 2001, quando o Talibã governou efetivamente o país, regime fundamentalista reprimiu principalmente as mulheres, que, entre outras restrições, não podiam usar vestidos ou maquiagem, eram impedidas de estudar, trabalhar ou sair às ruas sem uma presença masculina. A comunidade internacional acredita que muitos direitos relacionados ao trabalho, estudo e a liberdade de ir e vir conquistados por elas nas últimas duas décadas irão por água abaixo com a volta dos talibãs. O grupo, no entanto, diz que não haverá retrocessos.
Temendo que a preocupação se torne uma realidade, afegãs foram às ruas pelo segundo dia consecutivo pedindo espaço no governo talebã, educação, trabalho e liberdade. Segundo informações da EFE, na quinta-feira, 2, o protesto foi realizado em Herat, a maior cidade em população no oeste do Afeganistão. Nesta sexta-feira, os atos aconteceram na capital Cabul. “Um governo sem a presença de mulheres não vai durar e não será estável. Não aceitamos um governo sem a participação das mulheres e vamos nos opor a ele”, disse Basira Taheri, ativista pelos direitos das mulheres e organizadora do evento de quinta.
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