África do Sul mobiliza 25 mil tropas para tentar acabar com protestos violentos no país

Pelo menos 117 pessoas morreram após onda de manifestações com saques e incêndios disparadas pela prisão do ex-presidente Jacob Zuma

  • Por Jovem Pan
  • 16/07/2021 14h01 - Atualizado em 16/07/2021 15h53
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EFE/EPA/KIM LUDBROOK soldados andando na África do Sul Soldados foram enviados para duas províncias da África do Sul

O Governo da África do Sul anunciou nesta quinta-feira, 15, o envio de 25 mil tropas para tentar acabar com a onda de protestos que acontecem há mais de uma semana e deixaram pelo menos 117 pessoas mortas em explosões, incêndios e até mesmo pisoteamentos durante saques. A maior parte dos soldados foi enviada para a província mais populosa do país, Gauteng, onde fica a capital Pretória e a cidade de Joanesburgo. A província de KwaZulu-Natal também é um dos destinos das tropas, que se movimentam pelo país em ônibus, aviões e helicópteros. As outras sete províncias da África do Sul ainda não registraram motins, mas a polícia está em alerta. Segundo dados do próprio governo, além das 117 mortes, 2,2 mil pessoas foram presas por roubo ou vandalismo. Patrulhas armadas andam nas ruas e voluntários se movimentam na limpeza de comércios que foram arrombados e saqueados.

Segundo a imprensa internacional, as patrulhas armadas conseguiram estabelecer um grau de tranquilidade em Gauteng, que não teria registrado qualquer incidente nesta sexta. Em KwaZulu-Natal, porém, as manifestações continuam. Os protestos no país foram iniciados após a prisão do ex-presidente Jacob Zuma, condenado no fim de junho a 15 meses de prisão por faltar a sessões de um julgamento sobre supostos atos de corrupção cometidos por ele ao longo de anos no poder. Esta é considerada como uma das maiores movimentações de soldados no país desde o ano de 1994, período no qual as primeiras eleições gerais pós-apartheid foram realizadas.

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