Alemanha elege pela primeira vez mulheres trans para o Parlamento

Uma das candidatas vencedoras, Tessa Ganserer ocupa cargo no Bundestag desde 2013, mas só revelou publicamente sua identidade de gênero em 2018

  • Por Jovem Pan
  • 27/09/2021 10h53 - Atualizado em 27/09/2021 20h22
Instagram/Reprodução Nyke Slawik, de 27 anos, e Tessa Ganserer, de 44, foram eleitas para o Parlamento alemão Nyke Slawik, de 27 anos, e Tessa Ganserer, de 44, foram eleitas para o Parlamento alemão

Eleitores da Alemanha que foram às urnas neste domingo, 26, para escolher uma nova liderança para o país elegeram duas mulheres transexuais para cargos no parlamento pela primeira vez. Nyke Slawik, de 27 anos, e Tessa Ganserer, de 44, são do Partido Verde, terceiro mais votado das eleições, que conquistou mais de 100 cadeiras com 14,8% das urnas. Ganserer, ocupa um cargo no Bundestag desde 2013, mas só assumiu sua identidade de gênero publicamente no ano de 2018. Em entrevista à Agência Reuters, ela classificou o feito como uma “vitória histórica para o partido Verde e também para o movimento de emancipação de pessoas trans, assim como para toda a comunidade queer”. Nas redes sociais, Slawik publicou uma foto recebendo flores e presentes de colegas e afirmando que “ainda não consegue acreditar” nos resultados.

Ambas têm projetos voltados aos direitos da população LGBTQIA+ no país, como melhorias na facilidade de mudança de nome social em documentos oficiais e no direito de mulheres lésbicas a adotarem crianças. As eleições deste domingo sinalizam um avanço progressista nas urnas do país, que, de acordo com projeções iniciais, deve eleger como premier Olaf Scholz, membro do partido Social-Democrata, com 25,7% dos votos. Ele obteve uma pequena vantagem sobre a atual legenda da chanceler, Angela Merkel, a União Cristã Democrata, que recebeu 24,1% dos votos. Mesmo com o resultado, para definir a vitória de Olaf Scholz, será necessário conquistar a maioria no Parlamento, o que vai depender da decisão e do apoio de legendas menores, como os Verdes e os Democratas Livres.

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