Alemanha elege pela primeira vez mulheres trans para o Parlamento
Uma das candidatas vencedoras, Tessa Ganserer ocupa cargo no Bundestag desde 2013, mas só revelou publicamente sua identidade de gênero em 2018
Eleitores da Alemanha que foram às urnas neste domingo, 26, para escolher uma nova liderança para o país elegeram duas mulheres transexuais para cargos no parlamento pela primeira vez. Nyke Slawik, de 27 anos, e Tessa Ganserer, de 44, são do Partido Verde, terceiro mais votado das eleições, que conquistou mais de 100 cadeiras com 14,8% das urnas. Ganserer, ocupa um cargo no Bundestag desde 2013, mas só assumiu sua identidade de gênero publicamente no ano de 2018. Em entrevista à Agência Reuters, ela classificou o feito como uma “vitória histórica para o partido Verde e também para o movimento de emancipação de pessoas trans, assim como para toda a comunidade queer”. Nas redes sociais, Slawik publicou uma foto recebendo flores e presentes de colegas e afirmando que “ainda não consegue acreditar” nos resultados.
Ambas têm projetos voltados aos direitos da população LGBTQIA+ no país, como melhorias na facilidade de mudança de nome social em documentos oficiais e no direito de mulheres lésbicas a adotarem crianças. As eleições deste domingo sinalizam um avanço progressista nas urnas do país, que, de acordo com projeções iniciais, deve eleger como premier Olaf Scholz, membro do partido Social-Democrata, com 25,7% dos votos. Ele obteve uma pequena vantagem sobre a atual legenda da chanceler, Angela Merkel, a União Cristã Democrata, que recebeu 24,1% dos votos. Mesmo com o resultado, para definir a vitória de Olaf Scholz, será necessário conquistar a maioria no Parlamento, o que vai depender da decisão e do apoio de legendas menores, como os Verdes e os Democratas Livres.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.