Após Reino Unido e Argentina, Índia aprova uso emergencial da vacina de Oxford

Até o momento, país já produziu 100 milhões de doses da chamada de ‘Covishield’; além do imunizante de Oxford, órgão regulador liberou aplicação da vacina criada pelo país

  • Por Jovem Pan
  • 03/01/2021 10h06
EFE/EPA/JAGADEESH NV mulher de máscara Mais de 10 milhões de pessoas foram contaminadas com a doença no país

A agência reguladora da Índia (DCGI) aprovou neste domingo, 3, o uso emergencial da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca contra a Covid-19. Esse é considerado como o primeiro passo da que deve ser uma das maiores campanhas de vacinação do mundo, em um país de 1,35 bilhão de habitantes. Além do imunizante de Oxford, a DGCI também deu autorização para uso emergencial à Covaxin, desenvolvida pelo laboratório Bharat Biotech e pelo Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR). A liberação para uso de ambas foi baseada em dados dos estudos clínicos que demonstram que são seguras e têm capacidade de imunização “robusta”. Até o momento, mais de 10 milhões de casos da doença e 150 mil mortes foram registradas no país.

No país, a vacina de Oxford, chamada de Covishield é fabricada no Instituto Serum, o maior fabricante de vacinas do mundo em volume e vendas. A empresa iniciou a produção do imunizante britânico antes de obter a aprovação, o que permitiu estocar cerca de 100 milhões de doses até agora. Duas milhões delas serão enviadas ao Brasil a pedido da Fiocruz ainda no mês de janeiro. “Todos os riscos assumidos pelo Instituto Serum finalmente deram frutos”, publicou no Twitter o dono do laboratório, Adar Poonawalla. O anúncio da licença vem um dia após um ensaio nacional do protocolo de vacinação contra a Covid-19, conduzido em mais de 100 distritos do país para testar a logística, a gestão do estoque e a eficácia do armazenamento das doses. A primeira fase do plano tem como objetivo vacinar 30 milhões de pessoas, entre elas 10 milhões de trabalhadores da saúde e 20 milhões de funcionários da linha de frente. Além da Índia, Argentina e Reino Unido também aprovaram o uso emergencial da vacina de Oxford.

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