Após novo avanço da Covid-19, Israel pode decretar bloqueio total

O ministro da Saúde Yuli Edelstein admite que “apenas um milagre” impediria a imposição de novas restrições ao país

  • Por Jovem Pan
  • 16/07/2020 11h01
EFE/Yander Zamora cuba-coronavirus Durante esta segunda onda da doença, as autoridades locais estão enfrentando maior resistência da população, que enfrenta também a crise econômica

Israel registrou nesta quinta-feira (16) quase 1,9 mil novos casos de infecção pelo coronavírus, o que, segundo as autoridades locais, deixaram o país muito perto de um fechamento total. A medida seria adotada para conter uma nova onda de contágios. Sobre o assunto, o ministro da Saúde, Yuli Edelstein, admitiu que se for superada a marca de dois mil casos diários será necessário endurecer as restrições e afirmou que o confinamento para a população e paralisação de atividades econômicas é quase inevitável. O titular da pasta, inclusive, chegou a dizer que “apenas um milagre”, impediria a imposição destas medidas.

Na semana passada, algumas restrições foram impostas em Israel, como o confinamento de alguns bairros, o fechamento de bares, academias e piscinas públicas. No entanto, o impacto ainda não foi o esperado. Durante esta segunda onda da doença, as autoridades locais estão enfrentando maior resistência da população, que enfrenta também a crise econômica consequência da pandemia da Covid-19. O desemprego, que em fevereiro era de 3,3%, atualmente está em 21% no país. Nos últimos dias, sindicatos de trabalhadores, sobretudo autônomos, se manifestaram em peso, cobrando apoio econômico.

Na quarta-feira (15), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou um pagamento único para toda a população, o que pode aliviar a situação financeira das famílias. Críticos, no entanto, indicaram que o governo deveria se concentrar na situação dos mais carentes. Ainda nesta quinta-feira, os ministros do governo se reúnem com especialistas em Saúde e membros do Conselho de Segurança Nacional, para avaliar a situação atual no país e estudar possíveis medidas.

*Com informações da EFE

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